Curiosidades

VocĂȘ poderia cometer um crime hipnotizado?

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Embora essa ideia tenha servido como roteiro para alguns filmes, e que no passado isso tenha sido usado para inocentar pessoas de algum crime hediondo, nĂŁo Ă© bem assim que funciona a hipnose. A ideia de que uma pessoa comum, cumpridora da lei, possa ser obrigada a cometer algum tipo de crime sob hipnose nĂŁo Ă© verdadeira.

No final dos anos de 1800 e começo de 1900, essa ideia era bem aceita. Eles tinham a crença de que uma pessoa poderia ser hipnotizada Ă  distĂąncia e sem a sua consciĂȘncia, estando totalmente Ă  mercĂȘ da sugestĂŁo do hipnotizador. Assim, o hipnotizador poderia fazer com que essa pessoa cometesse o mais terrĂ­vel crime. E por muito tempo, essa crença deu passe livre para alguns rĂ©us serem inocentados de seus atos. O que nem sempre acontecia com os seus hipnotizadores. A histĂłria de uma mulher, identificada apenas como Sra. E, Ă© um dos casos mais conhecidos de crimes supostamente cometidos sob hipnose. Ela teria tentando assassinar o seu marido sob a influĂȘncia de um hipnotizador.

A histĂłria

Em 1927, a Sra. E, uma garota alemĂŁ de apenas 17 anos de idade, ainda solteira, conheceu um homem que se dizia mĂ©dico. Ele se apresentou para a jovem como sendo o Dr. Bergen, mas na verdade o seu nome era Walker. Em certo momento, ele pegou a mĂŁo dela e olhou em seus olhos. Pronto. A partir dali, a Sra. E estava sob efeito do seu “feitiço”.

Ali teria começado o seu pesadelo que, supostamente, teria durado 7 anos. Segundo o testemunho de um segundo hipnotizador, que passou 18 meses desfazendo o dano psicológico causado pelo suposto médio, ele induziu a mulher a uma variedade de problemas físicos. O tal Dr. Bergen teria a obrigado a manter relaçÔes sexuais com ele e seus amigos enquanto estava sob efeito da sua hipnose.

Quando a Sra. E se casou, trĂȘs anos depois, o Dr. Bergen tentou estender a sua influĂȘncia psicolĂłgica para o seu cĂŽnjuge. Mas, diferentemente da sua esposa, o Sr. E, nĂŁo era tĂŁo suscetĂ­vel aos comandos do falso mĂ©dico. Assim, ele acabou se tornando uma ameaça para os planos do vigarista, que tentou eliminĂĄ-lo. E Ă© claro que ele usaria a mulher para fazer isso.

Supostamente, ela teria tentado pelo menos seis métodos diferente para matar o marido da jovem. Ela tentou envenenå-lo, o que resultou em uma doença, mas não na morte. Ela chegou até a afrouxar os freios da motocicleta dele, mas o acidente não foi fatal. Quando ela tentou atirar no marido, a arma não estava carregada, e a ação foi fracassada.

Não se sabe ao certo como prosseguiu a investigação policial do caso. Mas, por fim, a Sra. E foi internada em uma clínica e submetida a um tratamento com um hipnotizador especializado para tentar recuperar a sua verdadeira memória. Enquanto isso, o suposto Dr. Bergen foi condenado a 12 anos de trabalhos forçados.

Hipnose e crimes

Esse caso nos då algumas liçÔes interessantes. A primeira delas é como as opiniÔes médicas predominantes podiam influenciar os tribunais. Também nos då uma ideia de como as crenças influenciam o modo com que as histórias são contadas. Hoje em dia, algo semelhante jamais aconteceria. Uma pessoa que, supostamente, cometeu algum crime depois de ser inconscientemente hipnotizada por um estranho, não teria o mesmo tratamento. Muito dificilmente alguém acreditaria nesse tipo de alegação.

AtĂ© mesmo, porque uma pessoa nĂŁo pode ser hipnotizada contra a sua vontade. Muito menos fazer coisas que nĂŁo tem intenção de fazer. AlĂ©m disso, o hipnotismo nĂŁo Ă© perigoso, embora alguns hipnotizadores possam ser. VocĂȘ pode atĂ© oferecer uma defesa alegando que estava hipnotizado quando cometeu algum crime, mas isso nĂŁo farĂĄ que vocĂȘ seja inocentado da ação.

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