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25 anos sem os Mamonas Assassinas

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Nesta terça-feira, 02, revivemos um dos períodos de luto mais difíceis que norteou o cenário da música. Exatamente hoje completamos 25 anos sem os incríveis Mamonas Assassinas. O grupo que conquistou milhões de brasileiros morreu em 1996, em um trágico acidente de avião. A aeronave, à data, chocou-se contra a Serra da Cantareira, em São Paulo.

Os Mamonas Assassinas, na época, experimentavam o auge da fama, do carinho do público e da criatividade – chave que alavancou o estrondoso sucesso do único álbum gravado em estúdio pelo grupo, lançado quase um ano antes do acidente.

Conforme expôs uma reportagem do portal de notícias G1, a banda, cujo prelúdio era um rock cômico entrelaçado em uma maré de influências, fosse o forró ou músicas portuguesas, tornou-se rapidamente um fenômeno democrático, principalmente por atingir todas as faixas etárias.

Infelizmente, muitas das obras dos Mamonas Assassinas se exauriram com a chegada das novas gerações, que, independente do motivo, preferem alavancar novos artistas e esquecem de conhecer aqueles que fizeram sucesso com maestria, simplicidade e qualidade.

Mesmo que os hits da banda tenham perdido força com a chegada das novas gerações, muitas das canções ainda são para muitos como hinos. Para provar que a afirmação é verdadeira, o portal de notícias G1 apontou, com base em dados do Spotify, os hits dos Mamonas Assassinos mais ouvidos hoje no Brasil.

Os hits de sucesso dos Mamonas Assassinas

De acordo com o Spotify, ‘Jumento clandestino’ é uma das músicas do grupo que os brasileiros mais escutam na plataforma. A canção, com uma forte referência de baião, coloca em pauta – de forma cômica, mas sem abandonar o senso crítico – o movimento de migração do Nordeste para o Sudeste do Brasil, expondo até episódios de preconceitos.

‘Uma arlinda mulher’ é outra música que ainda hoje perpetua entre nós, mesmo carregando em si um teor problemático, já que faz referência a termos racistas, como, por exemplo, “cabelo pixaim” – o que, hoje, provavelmente, cancelaria o grupo.

Mesmo que ‘Uma arlinda mulher’ possa atualmente criar uma onda de repúdio, o grupo inovou com ‘1406’, uma música que critica fortemente as classes sociais forte, brincando, entre um verso e outro, com o consumismo desenfreado, que sempre foi estimulado pela publicidade.

Na rabeira, temos ainda ‘Chopis centis’, uma obra clássica da banda que ocupou as paradas de sucesso das rádios fazendo referência a “Should I stay or should I go”, da banda punk inglesa The Clash.

Alimentando a problematização, os Mamonas Assassinas também conseguiram se perpetuar com o lançamento do ‘Robocop gay’, uma música que pode, sim, pode ter interpretação homofóbica. ‘Robocob gay’ foi gravada em uma fita demo, a qual a banda enviou para inúmeras gravadoras antes de assinarem com a EMI. Além de estourar no Brasil, a canção também fez muito sucesso na Argentina.

Brasília Amarela

Como dissemos, os Mamonas Assassinas tornaram-se mestres ao lançarem músicas que marcaram época. Além da que citamos acima, existe também uma que merece um destaque à parte: a icônica ‘Pelados em Santos’, que retrata um famoso automóvel, uma Brasília Amarela.

O carro foi utilizado no videoclipe da música por Dinho, Bento Hinoto, Sergio Reoli, Julio Rasec e Samuel Reis. E onde está o automóvel hoje? De acordo com o canal de notícias Auto Papo, após a morte dos integrantes, o programa ‘Domingo Legal’ (SBT) sorteou o veículo. Na época, o ganhador do sorteio, morava no Rio de Janeiro.

A icônica Brasília Amarela permaneceu na cidade maravilhosa por certo tempo. Entretanto, tempos depois, o automóvel passou a ficar sob os cuidados do Detran-RJ por conta de documentos vencidos e, infelizmente, acabou virando sucata.

Ainda de acordo com o canal de notícias Auto Papo, a família do vocalista Dinho decidiu resgatar o veículo em 2015. Em 2016, o automóvel foi restaurado e, atualmente, o pai de Dinho, Hildebrando Alves, é quem dirige a famosa Brasília Amarela.

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