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41 anos após o maior suicídio coletivo da história, o que ocorreu com Jonestown?

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Mais de 900 cidadãos norte americanos cometeram suicídio em massa em novembro de 1978. O fatídico acontecimento ocorreu em uma pequena comuna, no meio da floresta sul-americana. Intitulada como Jonestown, a comuna fundada por Jim Jones, pastor e fundador do Templo Popular, era uma seita pentecostal cristã de orientação socialista.

Acredita-se que, até o 11 de Setembro, o suicídio, que ocorreu em Jonestown, foi o maior massacre da história dos Estados Unidos. Analogamente, a história de Jonestown e do Templo dos Povos não começou, ou acabou, especificamente naquela noite.

Jonestown e o suicídio revolucionário

O Templo Popular migrou-se para a Califórnia, em meados dos anos 1960. Com o tempo, o movimento ganhou popularidade. A fama, então, permitiu que Jones começasse a circular entre figuras de poder, como, por exemplo, a primeira-dama Rosalynn Carter.

Em contrapartida, foi também a fama que começou a despertar suspeitas e investigações da mídia americana. A imprensa, a partir daí, explorou relatos de dissidentes, sobre um suposto estilo messiânico e ditatorial do pastor.

Por se tornado alvo de jornalistas, Jones decidiu buscar refúgio na Guiana. Em 1974, o líder obteve permissão das autoridades locais, para arrendar um terreno em meio à selva. O local, distante de curiosos, era mais que ideal para criar uma comuna.

O pastor e centenas de seguidores se mudaram para lá, em meados de 1977. O assentamento recebeu o nome de Jonestown. Ali, de acordo com informações disponibilizadas pela imprensa, havia uma escola, bangalôs e um pavilhão central. Havia também espaços nos quais os habitantes plantavam verduras e legumes.

Por estar em meio à selva, a única forma de contato era via rádio de ondas curtas. Após estarem instalados, os rumores de que Jones promovia um regime ditatorial, marcado por punições severas e pela presença de guardas armados para tentar evitar fugas, passaram a se intensificar ainda mais.

Nesse momento, o pastor passou a disseminar a ideia de que os serviços de segurança americanos estavam “conspirando contra Jonestown”. A brecha foi suficiente para que Jones colocasse na mesa a drástica solução: um “suicídio revolucionário”.

Quatro décadas depois

Em 1978, o deputado federal Leo Ryan viajou à Guiana, com uma delegação de 18 pessoas para visitar Jonestown. Para entrar na comuna, foi preciso negociar. Após negociações, o deputado, juntamente com a delegação de pessoas que o acompanhavam, conseguiu visitar o local.

Um dia após a visita, Ryan e mais quatro pessoas morreram, com tiros em uma pista de pouso próxima ao assentamento. De acordo com a imprensa, o suicídio revolucionário ocorreu poucas horas depois da chacina.

O pastor foi encontrado morto com um tiro na cabeça, em uma posição que sugeriu suicídio. O corpo de Jones foi encontrado pelas autoridades da Guiana. Dos habitantes, que estavam em Jonestown naquele dia, apenas 35 sobreviveram.

Quarenta anos depois da tragédia, Jonestown, ao que parece, ainda provoca polêmica na Guiana. A comuna, que antes foi lar de mais de centenas de seguidores, foi ocupada pela floresta. Acredita-se que, até hoje, exista no país quem queira ver o local, sendo explorado como ponto turístico. O governo local, entretanto, tem se recusado a considerar a possibilidade.

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