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480.000 pessoas foram mortas por eventos climáticos extremos

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De acordo com uma recente avaliação, nos últimos 20 anos, quase meio milhão de pessoas morreram por conta de desastres naturais que foram ocasionados devido às extremas condições climáticas. A taxa de mortalidade, provocada por catástrofes relacionadas ao clima, como, por exemplo, tempestades, inundações e ondas de calor, envolve, de forma esmagadora, os países em desenvolvimento.

Em um encontro, realizado este ano com os líderes mundiais que fazem parte da Cúpula de Adaptação do Clima, o Germanwatch revelou que os desastres naturais, que ocorreram nos últimos 20 anos, custaram à economia global estonteantes  $ 2,56 trilhões.

Para calcular o montante, o Germanwatch examinou o impacto que os eventos climáticos acarretaram em diversos países. De todos os eventos, o Germanwatch focou, particularmente, na temporada de tempestades de 2019, que produziu furacões e ciclones que devastaram partes do Caribe, leste da África e sul da Ásia.

Mortes

Uma análise, envolvendo mais de 11.000 desastres naturais extremos que ocorreram entre 2000 e 2020, revelou que cerca de 480.000 pessoas perderam a vida. De acordo com a mesma análise, os países mais atingidos foram Porto Rico, Mianmar e Haiti.

Em 2015, o Acordo de Paris estipulou que as nações mais ricas devem fornecer US$ 100 bilhões todos os anos para ajudar os estados mais pobres a mitigar o aquecimento global e se adaptar às mudanças climáticas. Infelizmente, pesquisas recentes sugerem que o montante de financiamento disponibilizado para os países em desenvolvimento foi muito menor.

“Isso mostra que os países mais pobres e que são mais vulneráveis ​​enfrentam desafios particularmente grandes e isso problematiza ainda mais as consequências que foram acarretadas pelos eventos climáticos extremos”, disse David Eckstein, coautor do estudo, que analisou as consequências dos desastres. “Essas nações precisam urgentemente de assistência, tanto técnica quanto financeira”.

“Os países mais pobres são os mais atingidos”

Reduzir os efeitos da precipitação dos níveis de radioatividade entre as nações e aumentar a capacidade de lidar com desastres naturais relacionados ao clima, como, por exemplo, enchentes e secas, é um dos pilares do Acordo de Paris.

O acordo destina US$ 50 bilhões anuais para estas duas vertentes, as quais são vistas como uma estratégia de adaptação. Mas como os desastres se multiplicaram nos anos desde que o acordo foi firmado, as Nações Unidas afirmam que o custo pode aumentar nos próximos anos.

De acordo com uma reportagem publicada pelo portal de notícias CBS News, dos US$ 100 bilhões necessários que devem ser disponibilizados para as nações em desenvolvimento atualmente, apenas US$ 30 bilhões foram repassados.

O Adaptation Gap, um relatório do Programa Ambiental da ONU que é divulgado mensalmente, apontou que o verdadeiro custo anual da estratégia de adaptação poderia chegar a US$ 300 bilhões em 2030 e US$ 500 bilhões em 2050.

Oito dos 10 países mais afetados pelos eventos climáticos têm renda per capita baixa ou média-baixa. “Os países mais pobres são os mais atingidos porque são mais vulneráveis ​​aos efeitos de uma ameaça e têm menor capacidade de enfrentamento”, disse Vera Keunzel, outra autora do estudo que analisou as consequências dos desastres.

Conforme expõe Keunzel, o Haiti, a Filipinas e o Paquistão são atingidos constantemente por eventos climáticos extremos. “Isso mostra que os países não conseguem ter um intervalo para se recuperar totalmente de um desastre antes do próximo”.

A Cúpula de Adaptação ao Clima irá se reunir novamente em breve para promover “novos esforços concretos” que sejam capazes de ajudar os países a lidar com as mudanças climáticas.

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