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7 maiores erros cometidos por grandes cientistas

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Os avanços e descobertas científicas sempre colocaram a humanidade um passo à frente para atingir uma sociedade melhor. E os maiores e mais famosos cientistas e gênios do mundo criaram teorias e objetos que nos permitem viver como vivemos hoje. Inclusive, com as tecnologias que temos. Mas mesmo os grandes gênios da humanidade cometem erros. E alguns deles até podem ajudar a esclarecer algum assunto adjacente ou que estava sendo primeiramente pesquisado.

Foi pensando ‘nesses deslizes’ felizes que Mario Livio, astrofísico do Space Telescope Science Institute, contou a história de alguns erros científicos em seu livro Brilliant Blunders. Com essas histórias, ele quer mostrar que até mesmo as grandes mentes podem errar. E ainda que, para conseguir alcançar um grande avanço, grandes riscos precisam ser assumidos. Mostramos algumas dessas histórias aqui.

1 – Hereditariedade

Charles Darwin ficou conhecido pela sua teoria da seleção natural em 1859. “Darwin foi um gênio incrível. Sua ideia de evolução por seleção natural é simplesmente incompreensível imaginar como ele criou algo tão abrangente como isso. Além disso, Darwin realmente não conhecia nenhuma matemática, então, sua teoria é totalmente não-matemática”, disse Livio.

A teoria fica ainda mais interessante quando vemos a noção de hereditariedade que os cientistas acreditavam na época. Eles achavam que as características da mãe e do pai se misturavam para criar os filhos. Como se fossem misturadas uma tinta preta com uma tinta branca para criar um cinza claro.

Darwin errou ao não reconhecer que essa ideia entrava em conflito com a sua teoria. “Se você introduzir um gato preto em um milhão de gatos brancos, a teoria da hereditariedade da mistura apenas diluiria completamente a cor preta. Não há como você acabar com gatos pretos. Darwin não entendeu isso, ele realmente não entendeu esse ponto”, explica.

As peças da seleção natural começaram a se encaixar no começo dos anos 1900, quando o conceito de herança mendeliana foi aceito e compreendido pelas pessoas. Gregor Mendel explicou que, quando os traços dos pais se juntam, eles na verdade não se mesclam, mas sim um ou outro é expresso.

2 – Idade da Terra

No século XIX, Sir William Thomson, conhecido como Lorde Kelvin, foi o primeiro a usar física para calcular a idade da Terra e do Sol. Por mais que ele tenha diminuído 50 vezes a idade que pensamos que esses planetas têm hoje em dia, os cálculos dele foram inovadores.

Ele baseou seus cálculos na ideia de que a Terra começou como uma bola quente e fundida e depois, que foi se resfriando lentamente. E o que ele calculou foi o tempo que levaria para o nosso planeta chegar ao seu atual gradiente de temperatura.

Mas para Livio, esse não foi o maior erro de Kelvin. O maior erro que Kelvin cometeu foi ignorar a possibilidade de que mecanismos desconhecidos pudessem ter transportado calor por toda Terra. “Ele assumiu que o calor é transportado com a mesma eficiência em toda a profundidade da Terra. Kelvin estava acostumado a estar certo muitas vezes. Foi apontado para ele, mas ele nunca aceitou isso”, comentou Livio.

3 РH̩lice tripla

Em 1953, Francis Crick e James D. Watson ficaram famosos por descobrirem a estrutura da dupla hélice do DNA. Mas, no mesmo ano, o químico Linus Pauling também propôs a sua própria ideia para estrutura do DNA.

Ele foi provavelmente o maior químico que já existiu, tendo ganhado dois Prêmios Nobel sozinho. Mas mesmo assim, ele se apressou em publicar a sua teoria do DNA que foi totalmente errada. Ao invés dos fios duplos e entrelaçados, Pauling teorizou três linhas entrelaçadas.

Por causa de seu sucesso excessivo e do respaldo que sua figura emanava, Pauling estava extremamente confiante com seu modelo de estrutura. “Seu modelo foi construído de dentro para fora em comparação com o modelo correto e tinha três fios dentro dele em vez de dois. Não era uma hélice dupla, era uma hélice tripla. Ele caiu em grande parte vítima de seu próprio sucesso”, explicou Livio.

4 – Big Bang

No século XX, o astrofísico Fred Hoyle foi um dos autores do modelo popular de estado estacionário do universo. Esse modelo sugeria que o universo está no mesmo estado que sempre foi e sempre será.

Quando Hoyle descobriu uma outra teoria, que conflitava com a sua, ele a descartou de imediato. Esta outra visão dizia que o universo tinha surgido de um único e poderoso evento, fazendo com que Hoyle o apelidasse de “Big Bang”. Ainda assim, continuou com o seu modelo.

“Foi um belo princípio e por cerca de 15 anos ou mais, foi muito difícil distinguir entre esse modelo e o modelo do Big Bang. Então, seu erro não foi propriamente propor este modelo. Seu erro foi que, uma vez que a evidência acumulada contra esse modelo se tornou esmagadora, ele não aceitou isso. Ele apenas continuou tentando inventar maneiras de manter o modelo de estado estacionário”, ressaltou Livio.

5 – Constante cosmológica

Albert Einstein foi uma das maiores mentes da nossa história. Mas isso não o eximiu de cometer erros. Suas equações descrevendo como a gravidade funciona, em 1916, foram inspiradores. Mas ele cometeu um erro significativo nelas.

Um dos termos das equações que Einstein colocou foi a constante cosmológica. Ele a introduziu porque achava que o universo era estático. Essa constante alcançou um universo estático, contrabalançando a atração interior da gravidade.

Quando os astrônomos descobriram que o universo realmente está se expandindo, Einstein lamentou ter incluído a constante e a tirou de suas equações.

6 – Buracos negros

Outro erro, que foi cometido pelo brilhante Einstein, foi a negação da existência dos buracos negros no espaço. Em 1916, logo depois que ele publicou seus primeiros tratados sobre a Teoria da Relatividade, ele recebeu cartas do cientista alemão Karl Schwarschild.

Nessas cartas, o alemão afirmava que a geometria do espaço seguia padrões curvilíneos, o que seria um dos motivos para os planetas seguissem órbitas ao redor das estrelas. Mas Einstein não acreditava no cientista e negava a existência dos buracos negros.

7 – Teoria Unificada

Einstein ficou conhecido por pensar coisas que outras pessoas sequer imaginavam. Em um de seus primeiros artigos, ele tentou juntar a segunda lei da termodinâmica com as leis da mecânica.

Por meio de cálculos de probabilidade, o cientista disse que um pequeno pacote de calor poderia ser responsável por aquecer um ambiente inteiro. O problema é que os conceitos de mecânica não foram bem empregados. A tese nunca foi acabada, até porque, mesmo hoje, a unificação de áreas segue como impossível.

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