O júri é o tribunal de pessoas, que são previamente alistados, que decidem em sã consciência e sob o juramento se uma pessoa que está sendo julgada é ou não culpada dos crimes. Normalmente, são pessoas que são chamadas para testemunhar nos tribunais, mas nem sempre.
Testemunhar não é exclusivo dos humanos. Animais, fantoches e robôs também já desempenharam esse papel. Esses seres inusitados foram chamados para testemunhar nos processos porque viram os crimes ou estavam envolvidos de uma maneira ou de outra e por isso os tribunais permitiram testemunhas não humanas. Confira abaixo alguns desses casos.
Em 2015, Glenna Duran, de 49 anos, tentou um homicídio suicida atirando em seu marido, Martin Duran, cinco vezes e depois tentando se matar. O marido morreu, mas Glenna sobreviveu e a única testemunha foi o papagaio cinza africano de Martin.
Bud conseguiu revelar que a mulher tinha sido a atiradora quando começou a falar “não atire” na voz de Martin. O animal alternava entre as vozes do casal, o que poderia ter sido o último diálogo deles. Segundo a mãe de Martin, Bud gostava de repetir tudo que ouvia, então era provável que ele dizia a verdade.
Em 2002, o Elmo da Vila Sésamo foi o primeiro fantoche e não-humano a testemunhar no Congresso dos EUA. O fantoche apareceu para apoiar um aumento no financiamento para o ensino de música nas escolas. O fundo deveria ser usado para comprar equipamentos de música e financiar pesquisas musicais.
Em 2005, Albert K. Smith foi preso por ter atirado no namorado de sua ex-mulher, e quando estava na cadeia, ele escreveu uma carta para alguém chamado Murphy Smith. Os procuradores ficaram pensando que essa pessoa poderia saber sobre o crime e decidiram emitir uma intimação para esse Murphy.
E quando ele chegou ao tribunal, os promotores ficaram chocados ao saber que ele não era um humano. Ele era um Shih Tzu, de cinco anos de idade, de Smith. E os promotores se sentiram envergonhados pelo ocorrido e pediram desculpas.
Uma mulher de 59 anos, que não foi identificada, foi encontrada morta pela polícia em seu apartamento em Paris, em 2008. As autoridades consideraram suicídio, mas a família suspeitava de assassinato. A única testemunha era o cachorro sem nome da mulher. Ele foi apelidado depois de Scooby, por causa do cachorro investigador dos desenhos.
Eles acreditam que Scooby estava na casa na hora do crime e quando acharam um suspeito, chamaram o cachorro para testemunhar. Os promotores observaram o comportamento do cachorro quando o suspeito foi apresentado, para determinar se a investigação continuaria com a investigação ou não. Scooby latiu ferozmente quando foi apresentado ao possível culpado.
Em 2014, um tribunal francês chamou um cachorro como testemunha em um julgamento de assassinato. Tango era um labrador de nove anos e o dono dele tinha sido assassinado e os promotores acreditavam que ele tinha testemunhado o crime.
Quando Tango estava testemunhando, o juiz ordenou que o suspeito ameaçasse o cão com um morcego. O que foi presumido era que se o comportamento de Tango com relação ao suspeito iria ser determinante para o suspeito.
Em 2018, Pimenta se tornou o primeiro robô a ir ao parlamento britânico. Além do robô, humanos, sendo cientistas da computação e roboticistas, também testemunharam. A ideia era provar a utilidade dos robôs e da inteligência artificial para os humanos.
E Pimenta mostrou sobre inteligência artificial. Ele também respondeu perguntas, mas não se sabe se as respostas estavam pré-programadas ou se usaram tecnologia para inteligência artificial.
Em 1991, Jane Gill, de 36 anos, foi encontrada morta em sua casa na Califórnia e a maior suspeita era sobre Gary Joseph Rasp, seu parceiro de negócios. A única testemunha era Max, o papagaio de Gill. O papagaio ficou dentro da sua gaiola por dois dias até que o corpo de Gill foi encontrado. Depois de melhorar, o papagaio começou a gritar “Richard, não, não”.