8 truques que seu cérebro utiliza para te enganar sem você saber

A percepção de tudo que está ao nosso redor – ambiente, pessoas, cores, cheiros e sensações – é determinada pela forma como o nosso cérebro compreende os estímulos captados. Objetos iguais podem parecer diferentes, ou diferentes podem parecer a mesma coisa, se colocados em situações confusas.

Isso acontece porque o cérebro cria uma série de atalhos e associações para processar situações cada vez mais rápido, economizando esforço e trilhando conexões aceleradas. Nem sempre, no entanto, essas conexões nos ajudam a perceber as coisas com clareza, como no caso de alguns efeitos percebidos pela ciência e em ilusões de óptica comuns no nosso dia-a-dia.

Conheça aqui algumas das formas mais comuns que o seu próprio cérebro utiliza para te confundir e enganar ao longo de sua vida.

1 – Não revisa opiniões mesmo depois de saber a verdade

Pesquisas mostram que se você acredita em algo incorreto e conhece a explicação real por traz dos fatos, nem sempre voltamos atrás na crença. Isso porque o cérebro pode achar mais importante se ver como a prova de falhas do que reconhecer o erro. É por causa disso que as pessoas continuam a acreditar em falsos esquemas, mesmo depois que as verdades são reveladas.

2 – Confunde membros falsos com verdadeiros

Experimentos utilizando mãos falsas próximas de mãos verdadeiras, quando estas estavam escondidas, mostraram que as pessoas conseguiam perceber as sensações de toques e estímulados feitos na mão falsa. Isso acontece porque o cérebro reconhece o corpo com um conjunto completo, o que também explica o fato de pessoas com membros amputados sofrerem com dores e sensações mesmo que eles não estejam lá.

3 – Faz a lua parecer maior quando está no horizonte

É normal a gente achar que a Lua está mais longe da Terra quando fica mais alta no céu, porque parece menor, mas na verdade não está. Ela só parece maior quando está próxima da linha do horizonte porque você compara com os objetos do solo que parecem mais perto da lua, como árvores, prédios e paisagens, gerando uma ilusão de perspectiva.

4 – Te engana a partir da percepção de cores

Graças a uma tendência de associar inconscientemente cores a temperatura, um estudo percebeu que as pessoas percebem bebidas servidas em recipientes de tons amarelados e avermelhados como mais quentes. As mesmas bebidas em temperaturas idênticas servidas em recipientes azuis e verdes, por exemplo, são percebidos como mais frios.

5 – Cria falsas memórias

Seu cérebro pode confundir eventos imaginários como memórias reais, num processo chamado de confabulação. Se você já se pegou tentando lembrar algo que ouviu ou leu na internet, numa conversa real ou num sonho, pode acabar extremamente confuso, preenchendo lacunas de memória com novos fatos criados sem você perceber, se lembrando de coisas que não existiram como se elas fossem reais.

6 – Ouve com os olhos

Você pode pensar que você ouve somente com os ouvidos, mas as coisas não são bem assim. Por conta de um fenômeno conhecido como Efeito McGurk, é possível fazer a distinção visual de sons. Ao ver o gif que ilustra este tópico, por exemplo, é possível você diferenciar quando o homem diz ‘ba’ ou ‘fa’, mesmo que não ouça nada.

7 – Não aprende com erros

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) monitoraram a atividade cerebral de um macaco enquanto ele tentava várias atividades com e sem sucesso. Eles descobriram que cada sucesso registrava atividade cerebral que influenciava novas tentativas, o que mostrou que eles aprendiam com os acertos. Por outro lado, as atividades que registravam falhas não apresentavam nenhum efeito.

8 – Esconde detalhes que estão na sua frente

Cientistas descobriram que detalhes óbvios que estão bem na sua frente podem mudar completamente sem que você perceba. Testes nesse campo de pesquisa já substituíram pessoas no meio de conversas sem que os interlocutores percebessem a mudança. Isso acontece quando o cérebro escolhe no que focar e deixa de reparar as outras coisas que não parecem importantes naquele momento.

Dá pra acreditar que o nosso próprio cérebro, que deveria nos deixar mais esperto, às vezes prega peças em nossa percepção?