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95% da superfície dos oceanos está em vias de mudar para pior

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Com o passar dos anos o planeta vem sofrendo com o aumento da poluição e mudanças em ecossistemas causadas pelo ser humano. Tanto os animais, quanto os homens, sofrem as consequências. As estatísticas da poluição são alarmantes. O ser humano é, com seus hábitos, um dos grandes poluidores do habitat de outros seres vivos, sem pensar nas consequências desses atos e como essa destruição pode voltar e prejudicá-lo.

Um exemplo é que 95% da superfície dos oceanos da Terra vai mudar até o fim do século. A não ser que a humanidade diminua suas emissões de carbono. Se define a superfície dos oceanos pela temperatura da água, acidez e concentração do mineral aragonite, que ajuda na maioria da vida oceânica.

Essa mudança pode acontecer porque, aproximadamente, um terço de toda a poluição de carbono que os humanos produzem é absorvido pelos oceanos desde a Revolução Industrial. E como os níveis de CO2 estão aumentando a uma taxa nunca vista antes, em pelo menos três milhões de anos, existe a preocupação  de que o clima da superfície do oceano possa ficar menos hospitaleiro para as espécies.

Estudo

Os pesquisadores nos Estados Unidos quiseram ver qual o efeito que a poluição de carbono teve na superfície do oceano desde meados do século XVIII. Além disso, também projetaram o impacto que as emissões terão até 2100.

Para conseguir fazer isso, eles usaram dois modelos de possíveis cenários de emissões. O primeiro é conhecido como RCP4.5. Ele prevê que até 2050 acontecerá o pico das emissões de gases do efeito estufa, seguido de um diminuição lenta no resto do século.

O segundo modelo, chamado RCP8.5, tem uma outra abordagem. Nele, as emissões continuam a aumentar ao longo dos próximos 80 nos.

Cenários

Feito essa comparação, os cientistas descobriram que, no primeiro cenário, 36% da superfície dos oceanos presentes ao longo do século XX provavelmente irão desaparecer até 2100. E essa porcentagem sobe para 95% no segundo cenário.

Além disso, os estudiosos também descobriram que, por mais que os climas da  superfície oceânica mostrassem poucos sinais de mudança no século XX, em 2100, até 82% dessa região das águas pode experimentar climas nunca vistos antes.

Tais mudanças incluem mares mais quentes, mais ácidos e com menos minerais para o crescimento da vida marinha. De acordo com Katie Lotterhos, do Centro de Ciências Marinhas da Northeastern University e autora principal do estudo, a mudança  na composição do oceano por conta da poluição de carbono provavelmente irá afetar todas as espécies da superfície.

“As espécies que estão estreitamente adaptadas a um clima que está desaparecendo terão que se adaptar a condições diferentes. Um clima no qual a temperatura e a química da água são comuns hoje será raro ou ausente no futuro”, disse ela.

Mudanças

As classes de animais que vivem na superfície dos oceanos conseguiram se mover para evitar áreas normalmente quentes ou acidas. Contudo, o levantamento mostra que, no futuro, essas opções podem ser limitadas. a situação acontece por conta do aquecimento que será quase uniforme e por causa da acidificação.

“Muitas espécies marinhas já mudaram de alcance em resposta às águas mais quentes. As comunidades encontradas em uma área continuarão a mudar e mudar rapidamente nas próximas décadas. Sem a mitigação das emissões, climas novos e em extinção na superfície do mar se espalharão por todo o mundo em 2100”, concluiu ela.

Fonte: https://www.sciencealert.com/oceans-in-2100-will-be-hotter-more-acidic-and-more-hostile-for-sea-life

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