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Como os tubarões que nadam constantemente descansam? Cientistas responderam

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Tubarão ou cação é o nome dado vulgarmente aos peixes de esqueleto cartilaginoso e um corpo hidrodinâmico, pertencentes à superordem Selachimorpha. Sabe-se que os tubarões estão vivos no planeta Terra há muitos anos, mais ou menos há 400 milhões de anos.

Eles são praticamente os reis dos mares atualmente. Contudo, mesmo os predadores não conseguem ficar acordados o tempo todo. Mas os tubarões não anunciam quando estão no seu momento revigorante de sono.

No entanto, um comportamento estranho deles os entregaram. Os biólogos marinhos descobriram que os tubarões “surfam” nas correntes oceânicas como se estivessem em uma esteira rolante permitindo que eles se revezem na hora de descansar.

Descoberta

Essa descoberta veio quando uma equipe de pesquisa, que foi liderada por Yannis Papastamatiou da Florida International University, estava estudando o comportamento de caça dos tubarões cinzentos de recife no Atol de Fakarava, na Polinésia Francesa.

Os tubarões desse recife nunca param de nadar em toda sua vida. Isso porque eles precisam continuar se movendo para conseguir extrair oxigênio suficiente com suas guelras para mantê-los vivos. Então, ficar de repouso em um estado estacionário como os outros animais é uma coisa fora de questão para esses tubarões.

E a forma como esses animais descansavam eram um mistério. Até que durante um mergulho durante o dia, Papastamatiou percebeu que os tubarões estavam nadando contra a corrente em um determinado canal. E mais interessante ainda, eles estavam parados, mal mexendo suas nadadeiras ou caudas.

“Durante o dia, eles são muito plácidos e relaxados, nadando com o mínimo esforço. É interessante porque é uma corrente muito forte”, explicou Papastamatiou.

Tubarões

Conforme eles avançavam para a frente do canal, os tubarões líderes escorregavam para trás. Isso dava a possibilidade da corrente os carregar de volta para sua posição inicial. Ela funcionava como uma espécie de correia transportadora. Os tubarões avançavam de forma lenta contra a corrente e eram carregados de volta, fazendo esse movimento repetidamente.

Esse mecanismo feito por eles exigiria um kit de ferramentas bastante diversificado para ser descoberto. Isso se ele algum dia fosse descoberto. A equipe usou uma combinação de etiquetas de rastreamento acústico e câmeras subaquáticas montadas nos animais para conseguir rastrear e observar o comportamento deles quando não tinha nenhum humano perto.

Com isso, a equipe conseguiu fazer observações em campo. Então, os pesquisadores construíram um modelo biomecânico para calcular o gasto de energia dos tubarões nadando nessas correntes ascendentes.

As correntezas carregam os tubarões cinzentos de recife para cima e eles podem relaxar um pouco e manter seus movimentos musculares ao mínimo. Segundo os cálculos da equipe, navegar na corrente deu aos tubarões a possibilidade de conservar, pelo menos, 15% do seu gasto normal de energia para nadar.

Observações

Com os dados de monitoramento os pesquisadores puderam confirmar que o tubarões realmente escolhem sair em correntes ascendentes durante o dia e adaptam sua posição para minimizar o gasto de energia.

De acordo com os pesquisadores, esse comportamento é parecido com o dos pássaros que usam as correntes ascendentes para se manter no ar tendo um gasto mínimo de energia. E as pesquisas futuras podem usar essas informações para localizar tubarões e outras espécies, como por exemplo, lulas que precisam se manter em movimento para continuar vivos.

“Este estudo é uma boa demonstração de paisagens marítimas de energia, uma representação espacial de quanta energia custa um animal para se mover através de um ambiente. Os ambientes marinhos são muito mais dinâmicos por causa das correntes de água, que são muito menos previsíveis. Elas podem mudar sazonalmente, ao longo do dia e até minuto a minuto. Em última análise, a paisagem marinha energética ajuda a explicar por que esses animais estão pendurados neste canal lá fora durante o dia. Agora temos uma resposta”, concluiu Papastamatiou.

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