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”A Besta de Jersei”: por que ele tinha essa aparência e se chamava assim?

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Quase todo mundo conhece algum caso sobre um assassino em série, também conhecido como serial killer. São pessoas que geralmente apresentam algum tipo de psicopatia e sentem prazer em matar. Cometem crimes com certa cronologia, e procuram, de alguma forma, deixar sua assinatura assim que executam suas vítimas.

Seja em filmes ou casos reais vistos nos jornais, assassinos em série sempre permearam nossa sociedade e nosso imaginário. Nos filmes e séries, eles geralmente são homens bem sucedidos, com cargos importantes, têm uma tendência a serem sempre viris e dispostos ao sexo e sempre bonitos e solteiros. Mas na vida real, nem sempre esse esteriótipo é afirmado.

São vários os serial killers na história. Na década de 1960, a ilha de Jersey, no Canal da Mancha, era um lugar bastante assustador para mulheres e crianças. O lugar era assombrado por um bicho papão da vida real.

O “monstro” rodava pelas ruas do bairro e esperava que as crianças, ou mulheres, estivessem sozinhos e em um momento vulnerável. E era nesse momento que ele os tacava da forma mais brutal e violenta possível. Com o tempo, o monstro foi chamado de “A Besta de Jersey” e os crimes dele, assombraram toda a comunidade.

Os crimes continuaram sem ninguém saber quem os cometia até julho de 1971. Foi quando alguém descobriu a identidade do culpado mascarado. Mas, mesmo depois que Edward Paisnel foi desmascarado, ninguém soube até onde seus crimes tinham ido, até depois que ele morreu.

Alguns dos detalhes mais chocantes das ofensas desse criminoso foram comparados com os mais terríveis assassinos em série da história.

Identidade

O apelido, com o qual Paisnel foi identificado, a Besta de Jersey, foi porque ele se escondia atrás de uma máscara de borracha, totalmente horrível. Ele a usava para que suas vítimas não conseguissem identificá-lo. Além da máscara, ele usava uma peruca de mulher. Do mesmo modo que um casaco cravejado de unhas e pulseiras combinando.

Ele colocava o seu disfarce e rondava as ruas, como o seu alter ego, a besta. Durante 11 anos, Paisnel conseguiu escapar com seus crimes de invasão de casas e agredindo fisicamente mulheres e crianças, na ilha de Jersey.

Paisnel perseguia suas vítimas apenas quando elas estavam sozinhas em casa. Ele entrava na casa das pessoas e tirava as suas vítimas da cama. Ele prendia um laço em volta do pescoço delas, e as fazia cumprir suas fantasias sexuais.

Algumas vítimas falaram os abusos que sofreram nas mãos de Paisnel enquanto viviam nos lares de criança. Uma das vítimas ficou até grávida. Vários relatos disseram que alguém estava se movimentando nos espaços à noite, nas casas das crianças. Os relatos falavam de crianças acordando e vendo alguém olhando para elas, por trás de uma máscara de borracha.

Investigação

Em 2008, em uma investigação de Haut de la Garenne, uma vítima lembrou de Paisnel subindo pelas janelas à noite, usando a máscara e luvas, pronto para atacar as crianças. De acordo com uma testemunha, ele usava clorofórmio em crianças adormecidas. posteriormente, ele as tirava de suas camas, para realizar seus atos sádicos.

Além dos crimes, Paisnel tinha um santuário para Satanás. Ele também fazia vários rituais de sangue, antes de capturar suas vítimas. E a polícia encontrou o santuário em um celeiro. Nele, tinham vários símbolos, livros e um altar escondido por cortinas pesadas. E lá, ele fazia sacrifícios animais.

Paisnel não tinha um obsessão apenas por objetos satânicos. Ele também tinha uma obsessão por Gilles de Rais. Supostamente, foi ele quem inspirou De Rais, um ocultista e lunático francês do século XV, que chamava crianças para o seu castelo e as sacrificava para Satanás.

Mesmo depois de Paisnel morrer, mais evidências começaram a aparecer contra ele. Existem conexões diretas com ele e vários casos de crianças desaparecidas.

Descoberta

A sogra do homem dirigia o lar infantil, chamado La Preference. Ele ficou muito tempo na casa próxima, chamada Haut de la Garenne. As crianças o chamavam de “tio Ted”, e no natal, ele se vestia de Papai Noel. Ele fazia as crianças sentarem no seu colo para pegar os presentes.

Ele era bastante popular em sua comunidade e era pai de três filhos. Por isso, todos ficaram bastante chocados, quando ele foi desmascarado.

Em dezembro de 1971, Paisnel foi condenado por 13 acusações de agressão, estupro e sodomia. E foi sentenciado a 30 anos de prisão. Ele cumpriu 20 anos e foi liberado em 1991.

Paisnel conseguiu, por 11 anos, viver uma vida normal, antes que alguém descobrisse sua identidade. Ele foi pego porque ultrapassou um sinal vermelho, em um carro roubado. Paisnel poderia ter conseguido explicar o carro roubado e a ultrapassagem do sinal. Mas o que ele não conseguiu explicar foi o porquê ele estava com o traje cravejado, usado pela Besta de Jersey, e tinha a máscara e a peruca no banco de trás.

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