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Máximo solar chega mais cedo e pode durar mais do que o previsto

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O sol é a estrela central do nosso Sistema Solar. E todos os outros corpos desse sistema, como por exemplo planetas, planetas anões, asteroides e cometas giram em torno dele. Além disso, ele é um dos grandes responsáveis pela existência de vida em nosso planeta.

Várias já foram as expedições e os estudos para tentar entender o sol e como ele funciona. E esse estudo da nossa estrela ainda é feito. Justamente por isso que sempre existem novas descobertas. Um exemplo disso é a descoberta feita pelo Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA, de que ele atingirá o pico do ciclo de atividade atual em 2024. Isso é um ano antes das estimativas anteriores.

Máximo solar

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Para entender isso é preciso saber que os campos magnéticos do sol estão em atividade constante. E quando acontecem concentrações altas de energia magnética interna é possível ver manchas escuras nele.

Essas manchas podem acabar explodindo por conta da pressão interna dos campos magnéticos se emaranhando. No momento que isso acontece, o sol dispara jatos de plasma, também conhecido como vento solar ou ejeção de massa coronal, para o espaço.

Se esses jatos forem lançados em direção ao nosso planeta, eles podem atingir a atmosfera e ter uma reação com a magnetosfera. Como consequência, irão acontecer as tempestades geomagnéticas.

Conforme for a potência dessas tempestades, elas podem resultar em auroras ou em coisas mais graves, como por exemplo,  interrupções em sistemas de comunicação ou até derrubar satélites em órbita.

A atividade do sol tem ciclos de aproximadamente 11 anos. Hoje em dia está acontecendo o ciclo 25 desde que os cientistas começaram a observar esse comportamento. E quando o sol chega perto do seu pico, ele fica mais “furioso”, ou seja, as erupções têm um número maior e são mais violentas.

Anteriormente, o máximo solar do ciclo atual estava previsto para acontecer em 2025. Contudo, ele deve chegar mais cedo e mais forte do que os cientistas estimaram em 2019.

De acordo com um comunicado da NOOA, agora está previsto que o pico aconteça entre janeiro e outubro do ano que vem. E além de acontecer mais cedo e mais forte, ele também durará mais tempo.

Como é definido

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Os pesquisadores têm como base os registros históricos de longo prazo do número de manchas solares, estatísticas avançadas e modelos do dínamo solar. Com tudo isso eles conseguem determinar quando o máximo solar vai acontecer.

“Esperamos que nossa nova previsão experimental seja muito mais precisa do que a previsão do painel de 2019 e, ao contrário das previsões anteriores do ciclo solar, será continuamente atualizada mensalmente à medida que novas observações de manchas solares se tornam disponíveis. É uma mudança bastante significativa”, disse o físico Mark Miesch no comunicado da NOAA.

Ter previsões precisas da atividade solar é algo fundamental, porque as tempestades geomagnéticas criadas pelos jatos de plasma têm a capacidade de afetar redes elétricas e sinais de rádio e GPS, além de tirar satélites do lugar e ser um risco de radiação para os pilotos de aviões e também para os astronautas que estiverem na órbita do nosso planeta.

Sol

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Nossa estrela é sempre muito estudada. E em 2020, um dos observatórios solares mais poderosos do mundo concluiu uma grande atualização.

O telescópio solar GREGOR, na Espanha, conseguiu algumas das imagens do sol com a mais alta resolução já obtida na Europa. Nessas novas imagens, detalhes tão pequenos quanto 50 quilômetros podem ser distinguidos no meio da atividade turbulenta na superfície do sol.

“Este foi um projeto muito empolgante, mas também extremamente desafiador. Em apenas um ano, redesenhamos completamente a ótica, a mecânica e a eletrônica para alcançar a melhor qualidade de imagem possível”, disse a física e cientista-chefe do GREGOR, Lucia Kleint, do Instituto Leibniz de Física Solar (KIS).

Por mais que os bloqueios nas pesquisas, em decorrência do COVID-19, tenham atrapalhado a maioria delas, nesse caso, foi até útil. Segundo uma postagem do site KIS, os cientistas ficaram presos no observatório durante o lockdown que aconteceu em março na Espanha. E ao invés de perderem tempo, eles trabalharam montando o laboratório óptico.

Os cientistas conseguiram corrigir dois problemas significativos, introduzido por um par de espelhos, coma e astigmatismo, que davam como resultado imagens borradas e distorcidas. Por conta do design do laboratório de óptica e do espaço limitado, esses espelhos tiveram que ser substituídos por espelhos parabólicos fora do eixo e polidos com uma precisão de 1/10000 da largura de um cabelo humano.

Durante um tempo, as tempestades de neve atrapalharam as observações. Mas em julho, quando a Espanha reabriu, a primeira coisa que a equipe fez foi ligar o seu telescópio atualizado.

As primeiras novas imagens de luz mostram grânulos solares, o topo das células de convecção no plasma solar. O meio de cada grânulo é mais claro, e é nele que o plasma quente sobe. O plasma se move para fora conforme esfria. E depois, volta para as profundezas nas bordas mais escuras de cada grânulo.

Eles são parecidos com pipoca, mas um grânulo típico tem aproximadamente 1.500 quilômetros de diâmetro. Isso é um pouco mais de 10% do diâmetro da Terra.

Outra imagem e vídeo mostram a mancha solar solitária que enfeitou a face do sol no dia 30 de julho de 2020. Essa é uma região temporária onde o campo magnético do sol é bastante forte. Ele parece mais escuro na superfície do sol porque é mais frio do que o material ao seu redor.

As imagens obtidas pelo GREGOR e outros observatórios solares de alta resolução, como por exemplo o Telescópio Solar Daniel K. Inouye, no Havaí, e o Observatório Solar Big Bear, nos Estados Unidos, podem ajudar a entender melhor os processos solares.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digitalBBC

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