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Há 88 anos, as maiores autoridades do Texas reuniam-se para uma grande operação: capturar Bonnie e Clyde. Ainda sem saber que o casal de criminosos viria a se tornar um grande ícone da cultura não apenas estadunidense, mas mundial, a polícia armou uma emboscada com o objetivo de parar a onda de crimes da dupla.
Como resultado disso, no dia 23 de maio de 1934, aproximadamente às 09h15 da manhã, em uma estrada rural de Bienville, na Luisiana, os policiais abriram fogo e atiraram cerca de 130 vezes contra o veículo de Bonnie e Clyde. Segundo pesquisadores, os laudos da perícia indicaram que o casal foi baleado mais de 50 vezes, cada um.
Embora seja controverso começar pelo fim, a história do maior casal fora da lei que já existiu sempre fugiu das regras. Dessa forma, aqueles que almejam conhecer mais da dupla de assaltantes carismáticos devem saber que, assim como sua morte, a vida de Bonnie e Clyde foi repleta de adrenalina, sirenes e extremos.
O encontro de Bonnie e Clyde
Fonte: Aventuras na História
Nascidos no Texas, ambos cresceram lidando com as consequências da Grande Depressão. Em meio à pobreza e juntos com a maior parte da população, Bonnie e Clyde culpavam o governo pelas péssimas condições nas quais encontrava-se a sociedade. Contudo, a revolta da dupla atravessou o imaginário e alcançou uma manifestação concreta.
No Natal de 1929, Clyde uniu-se a um bando de jovens e o grupo acabou chamando a atenção da polícia por envolver-se em vandalismo e pequenos furtos. Embora eventualmente a irmã de um dos comparsas de Clyde tenha se acidentado, foi ao visitá-la que o jovem acabou conhecendo aquela que viria a tornar-se sua parceira na vida e no crime, Bonnie.
Não há muitos detalhes sobre o encontro, mas há um consenso entre todas as descrições: foi amor à primeira vista. Como resultado disso, os dois pombinhos passaram a sair juntos quase todos os dias. De acordo com a máxima popular, uma maçã podre estraga todas as outras, e não demorou para que a jovem Bonnie entrasse para o grupo de furtos do qual Clyde fazia parte.
Parceiros no crime
Assim que Bonnie passou a integrar o grupo, ela foi encarregada de pilotar o carro de fuga da gangue. Além disso, ela ajudou Clyde a fugir da prisão algumas vezes, afinal, nem toda fuga era bem sucedida. Contudo, isso não foi o suficiente para impedir o casal que, com a ajuda de Ray Hamilton e Ralph Fults, deram continuidade aos roubos.
Ao longo desse processo de crimes, a dupla trocou de parceiros várias vezes. Assim que Hamilton e Fults foram presos após o assalto do grupo a uma loja, Bonni e Clyde recrutaram W.D. Jones, um garoto de 16 anos. Algum tempo depois, Buck, irmão de Clyde, e sua namorada, Blanche Caldwell, uniram-se à quadrilha.
Eventualmente, os crimes de Bonnie e Clyde passaram a envolver mais violência, resultando na morte de alguns policiais e atraindo de forma alarmante a atenção das autoridades. Todavia, curiosamente, a relação do casal com a polícia não era de toda hostil. Só para ilustrar, no Missouri eles capturaram e liberaram um policial que os seguia. Posteriormente, o tira disse à imprensa que foi bem tratado e ainda descreveu o casal como “simpático”.
O declínio de Bonnie e Clyde
Fonte: Dayton Daily News
Após ser preso em uma das incessantes operações policiais contra a quadrilha, Jones contou às autoridades tudo que sabia sobre Bonnie e Clyde. Como resultado disso, desenvolveram um perfil comportamental do casal e tentaram uma emboscada, da qual a dupla conseguiu escapar.
Mais tarde, Frank Hamer, um famoso caçador de recompensas, entrou no jogo. A polícia do Texas reuniu uma equipe de peso buscando parar de vez o casal. Após a delação do pai de Henry Methvin, que havia acabado de juntar-se ao bando, a polícia ficou de tocaia. Assim, sem nem mesmo dar voz de prisão, alvejaram o Ford Sedan V-8 da dupla.
E, assim, Bonnie e Clyde perderam a vida sem nem imaginar que entrariam para a história.
Fonte: Superinteressante
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