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A supernova mais próxima da Terra pode ajudar na comunicação com ETs?

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Não são todas as pessoas que acreditam que, de fato, possa existir vida extraterrestre. Mas diferentemente desse tipo de pensamento, a ciência e a física vêm nos revelando que a probabilidade de existir vida lá fora é realmente muito alta. Contudo, até o momento, os ETs não foram encontrados.

Mesmo assim, isso não parece desanimar os pesquisadores que estão sempre procurando novas maneiras de detectar os possíveis ETs espalhados pelo universo. Um exemplo disso é a supernova SN 2023ixf que parece poder ajudar na nossa comunicação com os ETs, caso eles existam.

Recentemente, uma equipe de astrônomos descobriu essa explosão e sugeriu que ela pode talvez ser usada para que possamos ter um contato com os seres fora da Terra.

Supernova

Reddit

Isso foi levado em consideração porque as supernovas são um dos eventos mais energéticos do universo. Elas são extremamente brilhantes e por isso podem ofuscar suas galáxias. Sabendo disso, a suposição é que as civilizações extraterrestres inteligentes as usem como sinais luminosos como uma maneira de chamar atenção para suas emissões próprias.

Na prática, isso quer dizer que se a supernova faz com que os astrônomos virem seus telescópios para sua direção, os ETs que estiverem próximos podem aproveitar essa oportunidade para mandar algum sinal. Ou seja, o sinal de alguma dessas civilizações seria visto junto com a observação do fenômeno.

No caso dessa supernova mais recente, quem a encontrou foi um astrônomo amador que a viu na Galáxia do Cata-Vento, que fica a aproximadamente 21 milhões de anos-luz de nós. O fenômeno era do Tipo II, que é quando vem de uma estrela pelo menos oito vezes maior do que o sol.

De acordo com os pesquisadores, a luz de uma explosão desse tipo pode ficar visível durante alguns meses ou até mesmo por anos. E ela seria visível tanto para os ETs como para nós aqui na Terra.

Possibilidade

National geographic

Por conta disso, eles já começaram os testes da possibilidade de a supernova ajudar na detecção de extraterrestres. Para isso, eles estão usando dois radiotelescópios e estudando 100 estrelas que estão a 300 anos-luz de nós.

“Em uma semana após o evento, começamos a coletar dados”, disse James Davenport, um dos autores do estudo.

De acordo com ele, até o momento não foi encontrado nenhum sinal de uma possível comunicação. No entanto, eles irão continuar suas observações para ver se algum contato acontece. Claro que os pesquisadores sabem que as chances de isso acontecer são baixas, mesmo assim eles dizem que vale a pena a tentativa.

“O pior que pode acontecer seria um sinal vir e não percebermos, porque não nos preocupamos em olhar”, finalizou Davenport.

Contato

Canaltech

Até mesmo quem acredita que existe vida fora da Terra se pergunta por que parece que estamos sozinhos no universo. Essa questão tem até nome e se chama “paradoxo de Fermi”. Ela engloba esse fato de que, mesmo existindo bilhões de estrelas na nossa galáxia, e muitas outras fora dela, nunca achamos nenhum sinal de qualquer civilização extraterrestre, sendo ela avançada ou não.

Um motivo para isso nunca ter acontecido foi proposto pelo físico teórico Alexander Berezin, da Universidade Nacional de Pesquisa em Tecnologia Eletrônica, da Rússia. O motivo que ele propôs é um pouco depressivo. Segundo ele, talvez os seres humanos sejam os vencedores de uma corrida mortal que nem ao menos sabíamos que estávamos participando.

Claro que a solução apresentada por Berezin não foi a única. Ao longo do tempo, vários pesquisadores arriscaram seus palpites para explicar o paradoxo de Fermi. De acordo com alguns deles, os alienígenas podem estar hibernando. E para outros, eles imaginam que exista alguma causa misteriosa que os impede de evoluir e fazer contato. Outra possibilidade levantada é que os extraterrestres existem, sabem que nós existimos, mas não querem ter nada a ver com a gente.

Existem também os cientistas que são mais otimistas, e eles acham que encontraremos logo uma vida alienígena. E na ponta mais pessimista, estão os que pensam assim como Berezin. Que nunca encontraremos outro tipo de vida e que, provavelmente, nós somos a própria causa disso.

O físico publicou, em 2018, um artigo que propunha uma solução trivial para o paradoxo que não precisava de nenhuma suposição controversa, mas que poderia ser difícil de aceitar.

Um dos problemas vistos por Berezin para as soluções propostas para o paradoxo é que elas são bem estritas quando definem vida alienígena. Ninguém disse que os ETs têm que ser iguais a nós. Para o físico, a natureza específica das civilizações extraterrestres não deve importar. Elas podem ser organismos biológicos, como nós, mas também podem ser inteligências artificiais, ou até mesmo “mentes” distribuídas em uma escala planetária. Mesmo assim, seja essa vida extraterrestre como for, por que não estamos achando nenhuma?

A hipótese principal de Berezin é que a primeira vida que atingir a capacidade de viagem interestelar vai, necessariamente, acabar com toda a concorrência para conseguir alimentar a sua própria expansão. E se essa hipótese estiver certa, significa que nós humanos somos a forma de vida mais avançada do universo, e que, pelo visto, vamos continuar sendo.

“A única explicação é a invocação do princípio antrópico. Somos os primeiros a chegar ao estágio interestelar. E, muito provavelmente, seremos os últimos a sair”, concluiu Berezin.

Fonte: Terra

Imagens: Reddit, National geographic, Canaltech

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