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A triste história das quíntuplas de Dionne

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Em maio de 1934, nascem os quíntuplos de Dionne. Elzire Dionne que estava grávida de três meses começou a sentir cólicas incomuns. Inicialmente, Elzire pensou que estava grávida de gêmeos. Nunca havia passado por sua cabeça, a possibilidade de que estivesse esperando por quíntuplos.

Com sete meses de gestação, Elzire entrou em trabalho de parto. Então, o Dr. Allan Roy Dafoe e duas parteiras foram chamados às pressas. Elzire e seu marido, Oliva, moravam em uma pequena fazenda, nas proximidades da vila de Corbeil, no leste de Ontário, no Canadá. Após o parto, para surpresa de todos, nasciam cinco meninas: Annette, Émilie, Yvonne, Cécile e Marie.

A história dos quíntuplos

As quíntuplas de Dionne foram os primeiros conhecidos a nascer e a sobreviver à infância. De acordo com a opinião da maioria, elas não tinham como ter sobrevivido, pois nasceram prematuras. As cinco meninas, quando nasceram, pesavam cerca de 6,350 kg, todas juntas. Elas praticamente cabiam na palma da mão. Após duas horas do parto, Elzire já estava se restabelecendo, e contra todas as expectativas, as cinco meninas também.

Durante as primeiras semanas de vida das quíntuplas, elas foram mantidas em cestas próximas ao forno, para mantê-las aquecidas, e eram alimentadas com água e xarope de milho. Elzire recebeu ajuda de mães das proximidades, que levavam leite materno para as meninas. Assim, como ajuda de todo o continente, inclusive, recebeu o convite para que as bebês fossem expostas na Feira Mundial de Chicago.

Oliva assinou um contrato, onde autorizava a exposição das quíntuplas. Mas arrependido, cancelou no dia seguinte. Porém, as meninas já eram alvos da mídia, e por isso, temendo pela segurança e bem-estar das meninas, o governo de Ontário tirou as meninas de seus pais. O que fez piorar ainda mais a situação das meninas.

Em suma, porque sob a guarda do Estado, visando interesses próprios, as quíntuplas foram usadas como atração turística. E a tutela, que deveria ser de dois anos, durou nove anos. E durante esses nove anos, as meninas fizeram grandes somas de dinheiro para o governo.

As quíntuplas como atração turística

Quando o governo tirou as meninas de seus pais, elas estavam com apenas quatro meses. Um complexo hospitalar foi criado ao lado da casa dos pais das meninas, e nesse complexo, eram mantidas e mostradas ao público.

À medida que iam crescendo, o público podia acompanhar o desenvolvimento delas, através de uma parede de vidro.

Em 1937, cerca de 3000 visitantes já haviam passado por ali e, em 1943, já passavam de 3 milhões de pessoas que haviam visitado as jovens no complexo. O complexo foi chamado de Quintland, e se tornou a maior atração turística do Canadá, maior até que as Cataratas do Niágara.

Durante os nove anos que as meninas viveram no complexo, o governo faturou UR$500 milhões de dólares com as visitas. O pai das quíntuplas aproveitou para vender souvenires ao lado do complexo.

Enquanto isso, as meninas eram sempre examinadas, testadas e monitoradas pelos pesquisadores. Entre 1936 e 1939, as quíntuplas de Dionne apareceram em três filmes, que contavam sua própria história. Do mesmo modo, foram tema de um documentário, que foi indicado ao Oscar. Em suma, a imagem das meninas era usada em propagandas e comerciais.

E, durante todo esse tempo, os pais não podiam entrar para ver as próprias filhas, e nem as meninas tinham autorização para sair do complexo. Após anos lutando para reaver a custódia das filhas, finalmente, no final de 1943, os Dionnes conseguiram recuperar as quíntuplas.

Voltando para casa

O que deveria ser um momento feliz para as meninas, acabou se tornando ainda pior do que quando eram usadas como atração turística pelo governo. Com o dinheiro que conseguiram, os Dionnes se mudaram para uma luxuosa mansão. Mas a família era infeliz. E o motivo foi revelado apenas quando as meninas já eram adultas.

No livro de 1995, The Dionne Quintuplets: Family Secrets, uma autobiografia das quíntuplas, elas contaram que, ao voltar para casa na década de 1940, foram abusadas sexualmente por seu pai.

Aos 18 anos, destruídas psicologicamente, as meninas saíram de casa. E raramente conversavam com a família. Aos 20 anos, Émilie morreu de convulsão. E aos 36 anos, Marie morreu de um coágulo de sangue.

Em 1990, Annette, Yvonne e Cécile foram morar juntas, próximas à cidade de Montreal. Apesar dos milhões recebidos pelas exposições, as irmãs não ficaram com nada. Elas viviam juntas, com uma renda combinada de apenas US$ 525 por mês. Tentaram reivindicar seus direitos ao governo, que negou. Posteriormente, com a ajuda da opinião pública, reconsiderou e lhes concedeu UR$2,8 milhões de dólares. No ano de 2001, Yvonne morreu, agora das quíntuplas, restam apenas duas, Annette e Cécile.

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