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Já passou pela sua cabeça por que não temos um corpo peludo como os animais? Talvez fazendo carinho no seu pet, você tenha se questionado o que nos levou a ter uma pele sem pelos, ou quase.
Pode parecer aleatório, mas existe uma ciência por trás do motivo, e vale a pena se aprofundar nessa questão para entender a fundo.
Os mamíferos terrestres, incluindo aqueles que você pode encontrar durante uma caminhada na floresta ou no seu quintal, têm pelos com diversas finalidades.
Primeiramente, esses pelos funcionam como uma camada isolante, regulando suas temperaturas corporais diante das variações do ambiente.
Seja no Ártico, protegendo os ursos do gelo, ou cuidando das patas de um camelo que anda sobre o deserto, seus pelos oferecem proteção e calor.
As variações de textura e cor que observamos nos pelos dos animais são adaptadas às necessidades exclusivas de cada espécie, permitindo que se camuflem ou se destaquem, conforme suas necessidades evolutivas.
Por outro lado, quando falamos de nós, humanos, a história se complica. Enquanto podemos exibir cabelo nas nossas cabeças ou nos depilar ocasionalmente, não temos um corpo peludo com um grande manto de pelos. Por que dessa diferença?
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A ciência explica
Recentemente, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia se dedicaram a responder a essa pergunta.
As descobertas revelaram que uma proteína específica em humanos é a razão por trás da nossa pele relativamente nua.
Se compararmos nosso corpo com outros mamíferos que estão cobertos de pelo, é possível ver um crescimento menor de cabelo em várias áreas principais. Elas incluem nossos braços, pernas, genitais e, mais abundantemente, nas nossas cabeças.
Diante dessa descoberta revolucionária, a crença predominante era bastante simples. Nossos ancestrais, em algum ponto de sua jornada evolutiva, simplesmente não precisavam mais daquele corpo peludo.
No entanto, essa pesquisa destacou uma história mais complexa. Isso porque temos células com canais específicos que são responsáveis pelo crescimento do pelo.
Sara E. Millar, autora principal do estudo, explicou em uma conversa com a Newsweek que a via de sinalização WNT desempenha um papel fundamental nesse processo. Ela mencionou: “Bloquear esse sinal causa pele sem pelos e ativá-lo provoca a formação de mais pelos”.
Então por que temos um corpo peludo em algumas áreas?
Agora, você pode se perguntar: por que certas áreas, como nossas axilas e virilhas, ainda possuem pelos mais espessos e escuros?
Bem, para além de quaisquer razões culturais ou estéticas que possam influenciar as decisões de cuidado pessoal, a natureza tem sua própria justificativa.
Essas regiões atuam como um tampão protetor contra possíveis infecções. Dessa forma, o pelo presente nessas áreas, especialmente nas partes sensíveis das axilas e virilhas, é a maneira da natureza de minimizar a fricção e assegurar nosso bem-estar.
Para adicionar uma camada adicional na resposta dessa pergunta, Greg Foot, um destacado jornalista científico do BritLab, traz a atenção para a glândula apócrina.
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Localizada nas axilas e virilhas, essa glândula produz um tipo único de suor, mais denso e oleoso do que aquele que experimentamos na testa em um dia ensolarado.
Esse suor estimula o crescimento do pelo nessas regiões. Segundo Greg, o pelo desempenha uma dupla função: fornecer uma camada protetora contra infecções e reduzir a fricção em nossa pele sensível.
Desse modo, nossa escolha ancestral de não ter um corpo peludo talvez tenha nos distanciado ainda mais das nossas origens. Assim, a natureza ainda assegura que mantenhamos pelos onde é mais crucial.
Nossa história evolutiva, diretamente ligada à ciência, oferece uma perspectiva fascinante sobre o pelo, ou a ausência dele, que nos torna singularmente humanos.
Por isso, pense bem antes de se depilar totalmente, e lembre-se de que essa camada é apenas o seu corpo tentando te proteger.
Fonte: Mistérios do Mundo
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