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Cobra “mais rápida do Brasil” é encontrada em maternidade no Amapá

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Os funcionários do Hospital Mãe Luzia, a maior maternidade pública do Amapá, levaram um susto neste sábado (11/06) ao encontrarem uma cobra com cerca de 1,5 metro debaixo de uma cama em um dos alojamentos. A serpente, de espécie caninana, não venenosa, foi resgatada pelo Batalhão Ambiental.

A cobra foi encontrada por volta de 11h30. A Polícia Militar foi acionada para fazer a retirada, que durou poucos minutos. A soltura foi realizada em uma área de mata.

Mesmo não sendo venenosa, a caninana é considerada a cobra mais rápida do Brasil. A cobra é inofensiva,  mas a espécie tem fama de ser agressiva. Além disso, a velocidade de deslocamento costuma assustar os desavisados.

Caninana é serpente ágil em solo, árvore e também na água

Foto: Renato Gaiga/ Arquivo Pessoal/ G1

A caninana (Spilotes pullatus) costuma ter 2,5 metros de comprimento e é considerada uma das maiores da Mata Atlântica.

A fama da espécie no Brasil é principalmente por seu nome ter se tornado uma expressão popular que se refere a alguém que tem temperamento difícil e é agressivo. Isto porque, apesar de não ser venenosa, a caninana é considerada uma serpente brava.

Quando se sente ameaçada, essa cobra infla o pescoço e vibra a cauda para intimidar e enfrentar o predador

Além do tamanho, a caninana também chama a atenção pela coloração contrastante negro e amarelo. Existem cinco subespécies desta cobra e três delas podem ser encontradas no Brasil.

Vale destacar que, apesar do padrão de cor ser basicamente preto e amarelo, como as onças, por exemplo, as caninanas não têm um padrão de manchas. Dessa forma, a mescla das duas cores varia de indivíduo para indivíduo. Por isso, existe caninana que tem metade do corpo preta e a outra metade amarela, enquanto outras podem ter quase todo o corpo da mesma cor, com uma pequena manchinha.

A cobra é terrestre e arborícola, ou seja, que sobe em árvores. Alimenta-se de aves, roedores, anfíbios e de mamíferos de pequeno porte, como preás.

O animal costuma ser solitário e se une a outro indivíduo apenas no período de reprodução, que costuma acontecer na metade do inverno. Neste período, os machos realizam um ritual de combate. A fêmea da espécie põe aproximadamente oito ovos, que são incubados por mais 65 dias e eclodem no verão.

A caninana pode ser encontrada na América Central e América do Sul. No Brasil, a cobra habita tanto em áreas de Cerrado como na Mata Atlântica. Ela pode ser vista nas árvores e arbustos e também próximo a lagos e rios, onde pode surpreender muitas pessoas com a habilidade de nadar.

Caninana no quintal: cobra não oferece risco

Foto: Arquivo TG/ EPTV/ G1

Como citado acima, apesar de não possuir veneno, a caninana tem fama de ser agressiva e há quem diga que já foi “perseguido” por essa espécie.

“A gente usa o termo agressivo, mas não é o ideal, porque a gente considera agressivo aquele animal que, sem motivo algum, ataca outro. As caninanas não são agressivas, só se defendem de forma agressiva. A maioria das cobras que não tem peçonha tentam parecer agressivas para enfrentar o predador em um confronto, então elas vão para cima, se erguem, dão bote e batem o rabo no chão, no caso da caninana, como estratégia de defesa”, explica o herpetólogo Willianilson Pessoa.

De acordo com o especialista, as caninanas possuem hábitos diurnos. Durante a noite, essas cobras costumam ficar escondidas em troncos de árvores. “Elas são semi-arborícolas, ou seja, vivem grande parte do tempo nas árvores (onde encontram alimento, como roedores, aves e filhotes de aves no ninho), mas também podem ser vistas se deslocando no chão”, informa.

Além disso, a espécie costuma viver em locais de área densa e vegetação alta.

“As fêmeas tendem a ser um pouco maiores que os machos, até para ter um aparato corporal para se deslocar enquanto está com os ovos, além de acumular mais gordura e ter mais energia para gerar a ninhada”, completa o herpetólogo.

Fonte: G1, EPTV

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