Azeitona é cultivada com música clássica em Minas Gerais

Há 4 anos, a produtora Rosana Chiavassa, que é apaixonada por música clássica, decidiu espalhar caixas de som entre os pés de azeitona como um tratamento para as plantas.

“Quando a gente chegou aqui, as árvores estavam muito judiadas. (…) E, para mim, colocar música seria uma forma de cuidar delas”, disse Rosana ao Globo Rural.

Na fazenda, há 60 caixas de som espalhadas pelo olival, uma a cada 45 metros. A instalação é subterrânea, por isso não fica nenhum fio à mostra.

“É como se as plantas recebessem um afago, um carinho a mais”, aponta Rosana. A produtora ainda afirma que a música clássica melhorou a produção das oliveiras.

Foto: Reprodução/ @azeitemonasto

A ação foi feita com a orientação do musicoterapeuta Luis Leão, que pesquisa sobre a influência da música nas plantas.

“O que a gente entende é que a música vai afetar o ambiente como um todo. Como essa música pode atrair ou afastar alguns tipos de animais, sejam predadores ou polinizadores mesmo”, explicou Luis ao Globo Rural.

O musicoterapeuta acrescentou: “A segunda linha de pensamento é uma linha biológica e celular da planta. Como esse som pode afetar na produtividade da seiva, na comunicação da raiz com o fruto de uma forma eficiente para gerar produtividade maior, uma qualidade maior do produto que é feito aqui dentro da fazenda”.

Os frutos dessas oliveiras produziram um azeite que é premiado internacionalmente como o mais delicado.

Cultivo de azeitonas para produção de azeite cresce no Brasil

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De acordo com o Globo Rural, o cultivo de azeitonas para a produção de azeite está crescendo no Brasil. Em Minas Gerais, mesmo em áreas pequenas, estão investindo em tecnologia para ajudar na produção.

O município de Maria da Fé (MG) é pioneiro na produção de azeitonas no Sudeste do país. As primeiras mudas chegaram na região com os imigrantes portugueses em 1935.

Atualmente, a região tem quase 200 produtores que, este ano, esperam produzir 100 mil litros de azeite. Isso corresponde a um terço da produção do país.

Além disso, a Serra da Mantiqueira tem se destacado pelo turismo gastronômico. Muitos consumidores têm ido até a região para experimentar os azeites locais.

Clima ideal

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O clima da Mantiqueira também é ideal para as oliveiras. Isso porque a árvore frutífera é de clima temperado, precisando do frio para ter uma indução floral e produzir frutos.

Cada oliveira produz cerca de 20 quilos de azeitonas. A colheita é realizada uma vez por ano entre final de janeiro e início de abril. Ela pode ser feita de forma manual e mecanizada. Já o transporte é feito no mesmo período, pois a rapidez no processo de extração é um dos fatores que garantem a qualidade do azeite.

Vale destacar que para ser considerado extravirgem, o processo de extração do azeite precisa ser 100% físico. Em resumo, não pode ser usado nenhum produto químico. Também precisa ser feito controle de temperatura e o produto final deve ter baixa acidez.

Azeitona verde ou preta?

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A maioria das pessoas já se deparou com as azeitonas verdes e pretas no mercado e ficaram em dúvida sobre qual é a diferença entre elas.

Primeiramente, é preciso destacar que existem diversas variedades de azeitonas, mas a questão da cor não tem nada a ver com isso. Azeitonas verdes ou pretas podem nascer da mesma árvore.

O que diferencia os dois tipos é o estado de maturação do alimento: as azeitonas pretas são maduras, enquanto as verdes foram colhidas antes do tempo e por isso não amadureceram.

Vale lembrar que nenhuma azeitona, verde ou preta, pode ser consumida in natura. Ambas devem ser curtidas e fermentadas em uma salmoura por bastante tempo. A diferença é que a verde precisa de 6 a 12 meses para ficar boa, enquanto a preta demanda menos tempo.

Fonte: Globo Rural, G1, Mega Curioso