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A astrofísica mineira Stela Ishitani Silva, de 28 anos, é a líder de uma pesquisa da Nasa que identificou um exoplaneta, planeta fora do nosso Sistema Solar, a uma distância de aproximadamente 26 mil anos-luz da Terra. O objeto foi chamado de MOA-2020-BLG-135Lb.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Stela recebeu o primeiro alerta sobre um objeto curioso em 2020: um pico de luz incomum na direção de uma estrela que estava observando. Era um planeta que orbitava o astro.
A liderou um estudo em cima do exoplaneta, comandando uma equipe de 36 cientistas. A observação foi possível por causa de um fenômeno chamado lente gravitacional, na qual a gravidade de objetos gera uma curvatura no espaço-tempo.
Dessa forma, a lente gravitacional deixou em evidência o planeta passando por sua estrela. Ainda de acordo com a Folha, o MOA-2020-BLG-135Lb é da classe Netuno, isso porque tem tamanho similar ao planeta do nosso Sistema Solar.
No entanto, Netuno tem 17,1 vezes a massa da Terra, enquanto MOA possui entre 11,3 e 25 vezes a massa do nosso planeta.
Além disso, vale destacar que antes de identificar o exoplaneta, o grupo de cientistas da Nasa que Stella faz parte participou da descoberta do primeiro buraco negro isolado de que se tem notícia. O objeto escuro está a cerca de 5 mil anos-luz da Terra.
Os cientistas encontraram os primeiros exoplanetas nos anos de 1990. Atualmente, a Nasa já encontrou mais de 5 mil planetas fora do nosso sistema. Outros quase 9 mil são estudados e candidatos à categoria de exoplanetas.
Nasa abre concurso para nomear exoplanetas descobertos por James Webb
Foto: NASA/ JPL-Caltech
Ainda falando sobre exoplanetas, a Nasa e a União Astronômica Internacional lançaram um concurso para nomear os que foram encontrados pelo telescópio James Webb.
De acordo com informações repercutidas pelo Correio Braziliense, o projeto NameExoWorlds 2022 tem o objetivo de possibilitar que pessoas comuns sugiram nomes para os 20 sistemas exoplanetários recém-descobertos. As inscrições para o concurso vão até novembro.
Vale lembrar que o telescópio James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021 pela Nasa, é composto por espelhos com foco em infravermelho.
No entanto, para sugerir nomes aos exoplanetas, é necessário se atentar às regras do concurso. Os nomes propostos devem estar relacionados a coisas ou lugares de importância histórica ou geográfica e devem seguir o formato de letra inicial maiúscula.
Além disso, deve ser destacado que os falantes de línguas indígenas estão sendo incentivados a darem sugestões, em reconhecimento à Década das Línguas Indígenas das Nações Unidas (2022-2032).
Outra regra é que não é permitido utilizar nomes de pessoas reais, estejam vivas ou mortas. Para sugerir, é necessário pensar em dois nomes, um para o exoplaneta e outro para a estrela.
Também vale ressaltar que a sugestão de nome deve ser entregue em formato de vídeo e por escrito.
O NameExoWorlds 2022 é voltado a alunos, professores, entusiastas da astronomia, astrônomos e cientistas exoplanetários. Para as pessoas que desejam se inscrever, ou conferir as regras, basta acessar o site do concurso realizado pela Nasa e pela União Astronômica Internacional.
Edições anteriores
Foto: Divulgação / Benoit Gougeon, Université de Montréal
De acordo com publicação do Correio Braziluense, no ano de 2015, o concurso da Nasa e da União Astronômica Internacional teve mais de meio milhão de votos em 182 países. Ao todo, foram nomeados 14 estrelas e 31 exoplanetas que as orbitam.
Anos depois, a edição de 2019 contou com a participação de mais de 780 mil pessoas de todo o mundo.
“Os primeiros exoplanetas foram descobertos há apenas três décadas e mais de 5.000 foram identificados desde então. A maioria desses planetas são referidos apenas por suas designações científicas e não têm conexões com nossas histórias e culturas”, explicam os organizadores do concurso realizado pela Nasa e pela União Astronômica Internacional.
Fonte: Metrópoles, Correio Braziliense
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