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Casal boliviano fomenta tráfico infantil e vende filha de um mês por R$ 1.600

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A polícia da Bolívia prendeu um pai de 23 anos que colocou sua filha no mercado do tráfico infantil ao vendê-la por 2.000 bolivianos, o que equivale a cerca de R$ 1.600. O caso chocante aconteceu em Santa Cruz de La Sierra, segundo a imprensa do país. O casal que comprou o bebê de um mês também foi preso.

Os veículos que noticiaram o tráfico infantil foram La Razón, assim como El Dber, no dia 12 de julho. Assim, em uma rede social, a polícia da Bolívia publicou um texto em que se diz que o nome do pai é Faustino C.M., de 23 anos. Já a mãe da bebê tem 17 anos.

De acordo com a mídia boliviana, o casal que comprou o bebê ainda queria ser ressarcido pelo valor pago por terem tido despesas com roupas e enxoval. Quem denunciou o crime foi uma vizinha do casal de pais.

Sargento amamentou bebê vítima de tráfico infantil

sargento amamentando bebê de tráfico infantil

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Após a denúncia e a prisão, a bebê foi levada para um hospital. De acordo com as autoridades, quando a bebê estava no local, ela começou a chorar. Então, uma sargento amamentou a criança, que se tranquilizou. O jornal La Razón informa que a polícia de Santa Cruz de La Sierra irá investigar o caso.

“Achei que era uma agência de emprego”

Uma mulher nascida no Paraná relatou que passou por momentos de medo de perigo ao ser vítima de tráfico de pessoas. Ela conta que conseguiu escapar de um esquema de prostituição internacional na Espanha.

A mulher, que preferiu não se identificar, relata que tudo começou quando ela estava procurando por um local que parecia ser uma agência de empregos e recebeu uma oferta para trabalhar na Europa.

Porém, ao chegar na Espanha, ela foi levada a uma casa de prostituição. “Falaram que poderia trabalhar de baby sitter, em cafeteria. Tinha vários, eu poderia, né, me enquadrar na vaga. E eu aceitei que, quando chegasse no local, iria ver o que estava disponível. E, quando eu cheguei, não era isso. Tinha um casal me esperando e me levaram para um alojamento, e lá eu vi que não era o que eles falaram”, relatou.

Por sorte, ela conseguiu escapar e voltou para o Brasil sem entrar no universo da prostituição, visto que suas malas foram extraviadas na viagem de ida, o que lhe deu a chance. Porém, ela vive com medo constante.

“Foi uma situação bem complicada, tinham todos os meus dados, todo meu endereço, minha vida toda, né, na minha cidade. Então, foi bem traumatizante, muito medo, porque quando eu fui, acreditava que era uma agência de emprego”, disse.

Exploração

Desse modo, segundo o Ministério da Justiça, 86% das vítimas de tráfico de pessoas para a exploração sexual são mulheres e 78% das pessoas que aliciam também são. Assim, vale destacar que muitas são colocadas na posição de aliciadoras para se livrar da exploração.

A coordenadora do Núcleo de Combate ao Tráfico de Pessoas da Secretaria da Justiça, Silvia Xavier, explica que em muitos casos os aliciadores fazem promessas de trabalho. Por exemplo, falam de vagas em times de futebol, na indústria têxtil, ou na indústria de modelos. No entanto, essas ofertas acabam se tornando casos de exploração sexual e trabalho escravo.

O especialista em crimes cibernéticos, Demetrius Gonzaga, aponta para o perigo de perfis em redes sociais, visto que o primeiro contato pode ser feito nesses ambientes. Além disso, ele detalha que muitos aliciadores se aproveitam da crise econômica para fazer promessas de emprego no exterior.

Então, em caso de tráfico ou exploração de pessoas, o Disque Denúncia pode ser acionado pelo número 181.

Fonte: G1

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