Em uma triste noite de agosto, fomos surpreendidos pela notícia da perda de Chadwick Boseman, conhecido por sua aclamada performance como o Pantera Negra do Universo Cinematográfico Marvel. O astro, de apenas 43 anos, faleceu após passar quatro deles lutando contra um câncer no cólon. Isso significa que todos seus filmes no UCM foram gravados enquanto o ator realizava cirurgias e quimioterapia. Além dele e de seus familiares, ninguém mais sabia da doença.
Desde então, o mundo vem tentando lidar com a ausência de Boseman. O falecimento do ator segue sendo um choque e muitos tem tentado homenageá-lo ao máximo, lembrando de seu legado para além do universo de super-heróis. Embora Pantera Negra tenha sido seu papel mais popular, Boseman conta com diversos filmes em sua carreira. Aliás, o ator faleceu deixando alguns projetos inéditos para trás e isso pode acabar resultando em indicações póstumas ao Oscar 2021.
Segundo a Variety, Destacamento Blood e A Voz Suprema do Blues tem potencial para conseguir uma estatueta para Boseman. Enquanto o primeiro se trata de um filme dirigido por Spike Lee e foi lançado em junho desse ano, o segundo está previsto para estrear em dezembro e já acumula expectativas da crítica e da audiência. Ambas as produções são da Netflix, que deve fazer uma campanha massiva para que ambos os filmes sejam colocados sob o holofote principal da premiação.
De acordo com rumores, Boseman pode ser indicado à categoria de Melhor Ator por seu papel como Leeve, o trompetista de Ma Rainey em A Voz Suprema do Blues e Melhor Ator Coadjuvante por sua performance como Stormin’ Norman, o líder de um esquadrão de soldados negros que atuaram na Guerra do Vietnã em Destacamento Blood.
Além de seu extremamente significativo papel como Rei de Wakanda, Boseman possui uma influência e importância além do imaginável para a sociedade. Através de sua arte, o astro conseguiu contar histórias que precisavam ser vistas e assimiladas. Nischelle Turner, correspondente do CNN, compartilhou que costumava brincar com Boseman e dizer que “se houvesse um homem negro icônico na história americana, ele o interpretaria”. Em seguida, a jornalista lembrou que o astro já encarnou inúmeras personalidades da cultura estadunidense ao longo de sua carreira: Jackie Robinson, em 42 – A História de uma Lenda, onde ele viveu o primeiro negro a disputar a Major League de Baseball; Thurgood Marshall, em Marshall, onde ele incorporou o primeiro juiz afro-descendente da Corte Suprema Americana; e James Brown, em Get on Up, onde teve sua performance aclamada ao viver uma das maiores personalidades negras na música mundial.
Sem dúvidas, Chadwick Boseman ainda tinha muito o que ensinar e compartilhar com o mundo. No entanto, assim como sua influência e sua luta foram além das telas, seu legado transcenderá a história.