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Como era o Agoge, o terrível regime educacional para os garotos de Esparta

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Você, provavelmente, já ouviu falar de vários regimes educacionais existentes no mundo atual e na História como um todo. Por falar em História, se você for um grande fã, deve saber que ser um guerreiro em Esparta não era coisa fácil. Ocupar esse cargo não era uma questão de vocação. Para ser um espartano, os cidadãos eram testados e passavam por incríveis dificuldades. Só assim eles poderiam ser aceitos como membros de sua sociedade. E as provações começavam assim que eles nasciam. Os testes começavam quando ainda eram bebês, principalmente os nascidos meninos. Isso levava o nome de Agoge

Ao nascer em Esparta, a criança era submetida a um minucioso exame para comprovar que não sofria de qualquer deformidade ou problema de saúde. Os anciãos eram os que faziam essas avaliações. De acordo com a lenda, os bebês “reprovados” eram jogados em um poço chamado Apothetae. No entanto, muitos historiadores não acreditam na existência desse poço. Na verdade, os pobrezinhos eram abandonados aos pés de uma encosta perto de Esparta, onde ficavam para morrer de fome ou se tornavam escravos. Após sobreviver à inspeção inicial, as coisas não melhoravam.

Pequenos Espartanos e Agoge

Quando completavam 7 anos, os meninos de Esparta eram tirados de suas casas e levados para iniciar o Agoge. Esse é o nome do treinamento oferecido para que eles se tornassem cidadãos de bem e, claro, bons guerreiros. Esses garotos passavam a viver em uma espécie de acampamento e recebiam educação formal e física. Além disso, aprendiam como caçar e sobre a arte da guerra. Enquanto estavam no Agoge, eles aprendiam a ler e escrever, além das aulas de retórica e poesia.

Quanto ao lado físico, o treinamento ensinava os meninos a resistirem às dificuldades como o frio, a fome e a dor. Eles ainda eram obrigados a lutarem com os colegas. Aqueles que demonstravam fraqueza, covardia ou medo, viravam alvo de provocações e violentos ataques. Quando completavam 12 anos, eles eram privados de qualquer vestimenta. Eram obrigados a dormir ao relento. Eles eram treinados para viverem nos campos de batalha e incentivados a encontrarem sua própria comida e até roubar dos companheiros. No entanto, se fossem pegos, eram chicoteados.

Jovens

Na juventude, começava a etapa mais brutal do treinamento. Havia um ritual anual conhecido como Diamastigosis. Esse consistia em uma espécie de competição de resistência. Durante o evento, os adolescentes eram chicoteados diante do altar do santuário de Ártemis Orthia. O objetivo disso era testar a bravura e resistência deles diante da dor. O evento acabou se transformando em um espetáculo sangrento por causa do declínio de Esparta. Quando a cidade foi tomada pelo Império Romano, eles construíram um anfiteatro para realizar o ritual. Virou um tipo de atração bárbara.

Além de passarem por um duro período de treinamento e serem chicoteados em público, os jovens mal recebiam comida. Assim, eles estariam se preparando para as guerras, além de ficarem sempre em forma. Entre 17 e 18 anos, eles eram preparados para a vida militar e aprendiam técnicas de sobrevivência. Entre os 20 e 29 anos, eram submetidos a um rigoroso treinamento, já como parte do exército. Ao atingirem 30 anos, os que passaram por tudo isso, eram aceitos como cidadãos de Esparta. Agora sim era esperado que eles se casassem. Mesmo permitidos a se casar com 20 anos, eles eram obrigados a viver com seus companheiros no alojamento militar. Somente após completarem 30 anos é que podiam morar com suas esposas.

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