De acordo com estudos antigos e observações, o universo é tudo o que existe fisicamente, a soma do espaço e do tempo e, é claro, as diversas formas de matéria. Existem diversas teorias sobre o inÃcio do universo, uma delas é o Big Bang. Essa análise se baseia em um ponto de densidade infinita. Como diz o próprio nome, houve uma enorme explosão e sua onda de expansão gerou e moldou o cosmos. Após isso, surgiu toda a matéria, incluindo os conceitos de espaço e tempo.
Em suma, isso foi o inÃcio do universo. De acordo com o fÃsico Brian Cox: “a última estrela vai esfriar lentamente e desaparecer. Com sua passagem, o universo se tornará mais uma vez um vazio, sem luz, vida ou significado”.
Ou seja, o espaço irá se expandir cada vez mais para fora até que até a luz mais fraca se torne bem fraca para conseguir interagir. Como resultado, a atividade cessará. Ou será que realmente vai?
Big Bang
Segundo acreditam alguns cosmologistas, o universo anteriormente frio, escuro e vazio, como o que talvez será o nosso futuro, pode ter sido a fonte do próprio Big Bang.
Para responder a essa questão de como o Big Bang pode ter surgido do nada é preciso explicar o estado quântico de todo o universo no começo da época de Plank.
Embora todas as tentativas de se fazer isso ainda sejam bastante especulativas, algumas delas vão para o mérito das forças sobrenaturais. Contudo, outras explicações, que são possÃveis candidatas, ficam dentro do reino na fÃsica. Como exemplo disso, um multiverso, que contém um número infinito de universos paralelos, ou modelos cÃclicos do Universo, nascendo e renascendo novamente.
De acordo com Roger Penrose, fÃsico ganhador do Prêmio Nobel de 2020, o seu modelo é intrigante, mas controverso. Ele propôs um universo cÃclico denominado “cosmologia cÃclica conformada”.
Hipótese
O fÃsico se inspirou por uma conexão forte interessante entre um estado muito quente, denso e pequeno do universo, assim como era o Big Bang, e um um estado extremamente frio, vazio e expandido, como será o futuro distante do universo.
A teoria proposta por ele para explicar essa correspondência é a de que esses estados se tornam matematicamente idênticos quando são levados aos seus limites. Embora seja totalmente paradoxal, a ausência total de matéria pode ter dado origem a toda matéria que se vê em volta do universo.
Nesse Ãnterim, o Big Bang surge de um quase nada. Isso é o que resta quando toda matéria em um universo foi consumida em buracos negros, que por sua vez se transformam em fótons, que ficam perdidos em um vazio.
Como resultado, todo o universo surge de uma coisa que, quando visto de outra perspectiva fÃsica, é o mais perto que se pode chegar do nada. Contudo, esse “nada” ainda é muita coisa. Ele ainda é o universo fÃsico, mesmo que esteja vazio.
Universo
Então, como pode o mesmo estado ser um universo frio e vazio de uma perspectiva e um universo quente e denso de outra? A resposta vem em um procedimento matemático chamado “reescalonamento conformado”. Ele é uma transformação geométrica que, na realidade, muda o tamanho de um objeto mas deixa a sua forma intacta.
Nesse sentido, Penrose mostrou como o estado denso e frio e o denso quente podem ser relacionados por esse reescalonamento, o que coincide com as formas de seus espaços-tempos, mas não com seus tamanhos.
Para um filósofo, essa visão de Penrose é bastante fascinante, até porque, ela abre novas possibilidades para explicar o Big Bang. Além dela levar as explicações para além da causa e efeito comum.
Portanto, ela é um grande caso de teste para se explorar as diferentes formas pelas quais a fÃsica pode explicar o mundo. Sem dúvidas, essa visão merece mais atenção dos filósofos.
Fonte: Science Alert
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