Surgimento do câncer: cientistas descobrem relação entre doença e células intestinais

Uma das doenças mais temidas pelas pessoas, se não a mais, é o câncer. E quando esse conjunto de centenas de mutações patológicas com um crescimento de células anormal e fora do controle não é tratado, ele pode levar à morte. Como essa é uma doença que atinge milhares de pessoas ao redor do mundo, estudos sobre ela nunca param. Eles são feitos na tentativa de encontrar um tratamento ou até mesmo uma cura. Ou, como nesse caso, descobrir sobre o surgimento do câncer.

De acordo com um estudo publicado na revista Nature Immunology, foi descoberto que os linfócitos relacionados com os processos inflamatórios tem uma relação com o surgimento do câncer, principalmente o que afeta o intestino.

O estudo feito pelo Inserm, CNRS, Universidade Claude-Bernard Lyon e do Centro Léon Bérard descobriu que aproximadamente um em cada três casos de câncer aparecem como consequência de inflamações crônicas. E a meta do estudo era fazer a investigação dos os linfócitos Th17, que são um população de células do sistema imunológico conhecidas por conta da sua relação com as doenças inflamatórias crônicas, como por exemplo, a esclerose múltipla e a doença de Crohn.

Surgimento do câncer

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Como resultado, eles conseguiram identificar oito subtipos de linfócitos Th17 com diferentes funções. Dentre eles, um tinha um potencial tumorigênico, o que quer dizer que ele contribuiu para o surgimento do câncer.

Ainda segundo o estudo, quando as células intestinais saudáveis entram em contato com os linfócitos Th17 elas acabam se transformando em cancerosas. Isso mostra que as células Th17 conseguem ter funções benéficas, mas também patogênicas dependendo dos ambientes teciduais e das condições.

Outro ponto mostrado no estudo foi que os pacientes que tinham câncer e passaram por tratamentos longos de imunoterapia que acabam estimulando os linfócitos facilita inflamações intestinais crônicas que podem acabar desencadeando o surgimento de um novo câncer.

Com essas descobertas, os pesquisadores também criaram bases para ajudar na criação de terapias novas para agir na prevenção do câncer com o bloqueio do subtipo Th17 com potencial patogênico.

Fonte: NDmais

Imagens: BBC