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Como o megalodon foi extinto mesmo sendo o maior predador do mar que já existiu?

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Por muitas décadas, os cientistas tentaram compreender como uma criatura tão feroz como o megalodon teria morrido. Agora eles podem ter uma ideia de como tudo aconteceu. Há cerca de 2 milhões de anos, essa criatura que podia chegar a medir mais de 15 metros de comprimento governava as águas da Terra.

Eles ainda teriam dominado a cadeia alimentar dos oceanos por cerca de 20 milhões de anos. Entretanto, acabaram desaparecendo. Muito se especulou sobre o que teria levado esta espécie, até três vezes maior que o tubarão branco de hoje, à extinção. No entanto, as respostas nunca chegaram. Aparentemente, agora eles podem ter finalmente chegado a uma pista.

A era do gelo

Os cientistas acreditam que a última era do gelo pode ter, ao menos parcialmente, dado início a um grande evento de extinção em toda a Terra. E isso afetou criaturas como a preguiça-gigante e o Mamute-lanoso. Uma teoria disserta a respeito das criaturas marinhas que viviam naquela época e que teriam sido menos afetadas pelas mudanças climáticas em decorrência da era glacial.

Entretanto, uma pesquisa conduzida pela Universidade de Zurique, na Suíça, concluiu que uma extinção em massa até então desconhecida teria modificado os mares, ocasionando a morte de 55% dos mamíferos marinhos, 43% das tartarugas marinhas, 35% das aves marinhas e 9% dos tubarões há cerca de 2 milhões de anos. Antes mesmo da última era do gelo que se instaurou em nosso planeta.

Apesar da natureza desse evento de extinção ser tecnicamente incerta, os pesquisadores teriam sugerido que devido as mudanças nos níveis do mar, uma perda no habitat teria ocorrido. “É espantoso que um evento de extinção como este, entre os maiores animais dos oceanos, possa passar despercebido até agora. Isso anula a suposição de que a biodiversidade dos oceanos era resistente à mudança ambiental na história recente da Terra”, disse John Griffin, co-autor do estudo em entrevista à rede ITV.

Um evento desconhecido

Alguns cientistas acreditam então que esse evento, além de metade das espécies de tartarugas marinhas, das preguiças-do-mar gigante e até mesmo de algumas baleias, teria varrido dos mares o megalodon. A extinção desses animais nos oceanos e as mudanças nos níveis do mar podem ter contribuído para desencadear a extinção de alguns animais terrestres. Isso porque novos predadores emergiram ao passo que os habitats costeiros também mudaram.

Esse ‘buraco’ criado pela extinção na cadeia alimentar da vida marinha pode ter sido a razão para o desenvolvimento de outras criaturas, como os uros polares e os pinguins-de-olhos-amarelos – os quais, agora, os cientistas acreditam que seja resultado direto desse evento de extinção recentemente descoberto. Mesmo tudo tendo acontecido há tanto tempo, tal evento nos serve de aviso e alerta para o futuro.

“Este estudo mostra que a megafauna marinha era muito mais vulnerável a mudanças ambientais globais no passado geológico recente do que se pensava anteriormente. Atualmente, grandes espécies marinhas como baleias ou focas, também são altamente vulneráveis ​​às influências humanas”, disseram os pesquisadores.

Apesar dos avanços tecnológicos e dos esforços de grupos ambientalistas em favor dos direitos dos animais, a ação do homem tem feito com que as baleias e as tartarugas sigam um caminho assustadoramente semelhante ao de seus predecessores. E, se a história por acaso vier a se repetir, uma sexta onda de extinção em massa na Terra não estaria tão distante como imaginávamos.

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