Escolher o nome de alguém para ser destacado em meio a tantos outros é sempre uma grande responsabilidade. Geralmente, isso é feito como uma forma de homenagear. Do mesmo modo que para atribuir um maior valor em relação a um feito ou situação. Contudo, os critérios podem variar em determinados contextos.
A revista TIME sempre elegeu a “Pessoa do Ano” e todos sempre esperam para ver quem será a eleita da vez. Existe até um grande evento. São indicadas algumas personalidades que mais se destacaram ao longo de todos esses 365 dias. Seja por seus atos humanitários ou até mesmo contrários a eles. Pessoas ou movimentos que, de alguma forma, ganharam destaque na mídia e repercutiram pelo mundo.
Criança do ano
No entanto, esse ano, pela primeira vez na história da revista, a TIME decidiu nomear também a “Criança do Ano”.
Esse título foi dado a uma menina de 15 anos. Ela é uma estudante e já é considerada uma cientista talentosa. A adolescente Gitanjali Rao nasceu no Colorado, nos Estados Unidos. Ela chamou a atenção por ter inventado aplicativos que usam inteligência artificial para combater os mais variados problemas. Como por exemplo, dependência em opioides, poluição de água potável e até mesmo o cyber bullying.
A menina estás no segundo ano do Ensino Médio. Gitanjali frequenta uma escola especializada nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
A adolescente foi entrevistada para a revista pela atriz Angelina Jolie, que também é uma das editoras da revista. Na entrevista, Gitanjali disse que, desde criança, se interessava por ciência e tecnologia.
Trabalho
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É a jovem que é a mente por trás do Kindly. Ele é um aplicativo que, através de inteligência artificial e reconhecimento de palavras, ajuda a detectar o bullying feito pela internet.
Agora, Gitanjali está trabalhando em outros dois projetos bem importantes. O primeiro é um produto que oferece, por meio de um estudo genético, um diagnóstico de vício em opioides logo em seu estágio inicial.
O outro projeto é formular, de maneria fácil e acessível, uma forma de detectar contaminantes, como parasitas, na água potável. O objetivo é fornecer uma alternativa barata para as pessoas que vivem em países em desenvolvimento.
Todo o interesse de Gitanjali pela ciência vai além de uma simples curiosidade. O principal objetivo da adolescente é ajudar as pessoas.
“Sempre fui uma pessoa que queria colocar um sorriso no rosto de alguém. Esse era meu objetivo diário, apenas fazer alguém feliz”, disse ela na entrevista.
Planos
Por mais que o nome da jovem não seja dos mais fáceis de se pronunciar, com toda certeza, ainda se ouvirá muito o nome dessa cientista no futuro. Até mesmo porque, Gitanjali tem planos bastante ambiciosos.
Ela já orientou milhares de estudantes. E agora quer criar uma verdadeira comunidade de jovens cientistas e inventores. Gitanjali conta que seu desejo é que o trabalho que todas as outras crianças desenvolverem mostrem a inovação como uma necessidade. E não apenas como uma escolha que pode ou não ser feita.
“Eu espero poder ser uma pequena parte disso”, conclui.
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