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Conheça a história da mulher que estudou direito e se tornou detetive para encontrar o assassino do filho

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Poucas coisas na vida são tão difíceis de superar quanto à morte. É algo que nos deixa completamente sem chão, sem saber o que fazer, como seguir em frente. Perder um parente especial é como arrancar uma parte de si sem nenhum tipo de anestesia. Por isso é sempre um tema tão complicado. Recentemente foi muito divulgado pelas mídias o caso de uma mulher que perdeu o filho e decidiu entrar para a faculdade e cursar Direito.

Infelizmente, a morte de Maik Joilson Gusmão foi trágica e inesperada. Enquanto participava de uma festa de aniversário de um de seus irmãos, em um clube de Cuiabá, no Mato Grosso, foi brutalmente assassinado, sem nenhum motivo claro para isso. Patrícia Gusmão, de 40 anos, é a mãe do jovem e se viu obrigada a ver seu mundo desmoronando. O episódio aconteceu no dia 1º de maio de 2016.

O crime

Tudo aconteceu porque o assassino, Elton Victor Silvestre, mais conhecido como “Vitinho” não pôde entrar no clube em que a festa acontecia. Os seguranças não permitiram sua entrada pois portava uma pistola 380. Insatisfeito pela barragem, decidiu pular o muro do clube. Lá dentro acabou se envolvendo em uma briga com um dos participantes, e foi quando Maik apareceu para tentar amenizar o clima. Infelizmente, as coisas apenas pioraram.

Segundo testemunhas, Vitinho apenas atirou em Maik, sem nenhum motivo para tal ato. Quando o jovem já estava caído no chão, ele ainda deu outros dois tiros, impossibilitando que a vítima reagisse. A morte aconteceu ainda no local. Como se não bastasse, ainda acertou um tiro na perna de um dos amigos de Maik, em seguida, fugiu para um lugar que até pouco tempo, ninguém sabia onde. “Eu perdi o meu chão“, afirma a mulher, mãe da vítima.

O tempo foi passando mas ela percebeu que as investigações do caso não tomavam um rumo certeiro. Ainda abalada com tudo, decidiu que tomaria alguma atitude para tentar ajudar. Tudo que ela queria era ver o assassino de seu filho atrás das grades. “A Polícia Civil estava muito empenhada, mas sei que há outros diversos casos. Como era eu que tinha perdido meu filho e era a mais interessada nisso, decidi  ir atrás do assassino“, diz ela.

Mulher começa a agir por conta própria

Patrícia decidiu então que faria suas próprias investigações. Utilizando um antigo perfil de Facebook da irmã, começou a adicionar todos os parentes de Vitinho que encontrava. Sempre se mantinha muito atenta a cada publicação e já tinha importantes informações sobre a rotina de alguns deles. No entanto, ainda não havia conseguido nada sobre o assassino. Começou a reparar então que uma prima de Vitinho usava a namorada dele para mandar recados. Mas foi apenas mais tarde que a mulher conseguiu pistas que a deixariam bem perto do assassino.

Em determinada publicação dessa prima, ela diz que está grávida e muito feliz. Então, assim como muitos fazem, marcou inúmeros parentes e amigos. Em meio a tantas marcações, lá estava o perfil de Vitinho. Patrícia ainda conta que a prima chegou a postar o nome da clínica em que havia feito o exame.

Então, imediatamente foi procurar por sua advogada para que ajudasse: “Pedi que ela me ajudasse a descobrir onde ficava aquele lugar, porque seria uma ajuda importante para as investigações“. Depois de uma série de levantamentos, a Polícia Civil descobriu que a clínica ficava em Araputanga, também no Mato Grosso. “Eles foram até lá e pediram, com mandado judicial, o endereço da prima do assassino“, conta a mulher.

A Polícia monitorou a casa da jovem por algum tempo, até descobrir que Vitinho havia fugido de Cuiabá e, desde o dia do crime vivia no município. Ele acabou sendo preso no dia 20 de junho do ano passado (2016). Como pena final, pegou 16 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Embora a defesa do assassino tenha entrado com recursos para diminuição da pena, ainda é algo que tramita na justiça.

Segundo a delegada do caso, a mãe teve papel fundamental para que o caso fosse solucionado. Ainda conta que ela sempre foi aconselhada a não agir por conta própria, tomando algum tipo de atitude precipitada. Felizmente, Patrícia apenas investigou o caso e confiou o restante à polícia.

Homenagem ao filho

Nada é capaz de trazer Maik à vida novamente, no entanto, sua mãe encontrou uma boa forma de homenageá-lo. Ela conta que nunca teve a intenção de cursar Direito e não se enxergava fazendo isso, visto que já era formada em Serviço Social. Por outro lado, havia prometido ao filho que um dia entraria na faculdade de novo, apenas para fazer esse segundo curso. Agora, já está no terceiro semestre e a cada dia que se passa, a vontade de frequentar as aulas aumenta.

Ainda conta que outra motivação para entrar na faculdade partiu do fato de ela não conseguir entender muito bem aquilo que o juiz falava. Se sentia incomodada por sempre ter que pedir ajuda ao advogado para que as coisas ficassem mais claras. Bom, no fim das contas, o que mais importa para a mulher é ter conseguido encontrar o assassino do filho: “Eu não gostaria de viver tudo isso novamente, porque é muito triste. Mas eu sei que se eu não tivesse encontrado o assassino, ainda estaria buscando, até que ele fosse encontrado“.

E então pessoal, o que acharam? Já conheciam a história da mulher? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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