Curiosidades

Conselhos comuns e errados que as pessoas sempre dão

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Tem muita coisa que a gente ouve desde que nasce mas não sabe exatamente se é verdade. Devemos ser racionais ou seguir a intuição? Priorizar a vida pessoal ou afetiva? Ficar com alguém que amamos ou por quem sentimos atração? É claro que as respostas para todas essas perguntas são totalmente pessoais, mas, através de pesquisas, dá pra ver que muitas vezes o que pensamos e seguimos como bom senso está errado.

Pra evitar ser pego nas falácias da sabedoria popular, aqui alguns dos conselhos mais comuns e que não têm base nenhuma:

Procure sua alma gêmea

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Na obra “O Banquete”, o filósofo grego Platão criou uma das primeiras metáforas acerca das almas gêmeas. Para ele, os homens e mulheres ancestrais tinham 4 braços e pernas, duas cabeças e tudo mais em dobro, o que fez com os deuses os temessem. Para torná-los fracos, dividiram esses seres em dois, e desde então todos nós passaríamos a vida procurando a outra metade.

A história é linda, mas a verdade é que relacionamentos tendem a não dar certo se as duas pessoas forem muito parecidas. De acordo com estudos, casais tendem a compartilhar opiniões sobre religião e política, além de participarem das mesmas classes e grupos sociais. Mas isso explica muito mais a forma como se conheceram ou os lugares pra onde costumam sair do que sua real personalidade.

Por isso, casais com pessoas muito parecidas tendem a dar certo a curto prazo, mas não a longo, pois não é possível montar uma divisão de tarefas na rotina quando ambos têm gostos iguais – e o casamento pode acabar virando competição.

Sexo e amor são coisas distintas

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De acordo com o psicólogo canadense Jim Pfaus, o amor nasce do desejo sexual. Analisando pessoas que olharam fotos eróticas e de seus parceiros, perceberam que duas áreas distintas são acionadas no cérebro – mas interdependem uma da outra.

Enquanto o desejo ativa uma área responsável por sensações de prazer, o amor gera um estímulo para essa área, ou seja, para o cérebro, ambas estão conectadas. Isso quer dizer que, ao amar alguém, você sente desejo sexual pela pessoa – e também explica o clássico ditado, “para quem ama o feio, bonito lhe parece”.

Ouça seus sentimentos

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Na verdade, a paixão entope o corpo com dopamina, associada à euforia, ao vício, ao prazer e à felicidade. Por isso que, em começos de relacionamentos, tudo parece perfeito e não existe nada de errado no parceiro(a). Mas, depois de um tempo, esses hormônios diminuem no organismo – pesquisadores definem esse período como sendo de 7 a 24 meses.

Com isso, o outro para de ser incrível e maravilhoso sem motivo, e aí as incompatibilidades surgem. Por isso que muita gente vive pulando de relacionamentos e repetindo esse mesmo ciclo de encanto e desencanto, o que não é negativo, mas não deve ser confortável. Ideal mesmo é ter paciência e procurar alguém que realmente seja especial.

Não desista nunca

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Se Steve Jobs seguisse seu próprio conselho, hoje seria um professor de budismo ou algo do tipo. Acontece que o gênio da informática, que dizia em suas palestras que todos deveriam seguir a profissão que amassem, começou estudando filosofia oriental na faculdade e abandonou os estudos, inclusive se tornando hare-krisha, na Índia.

A ideia de montar a Apple só veio com a parceria com Steve Wozniak, que era quem realmente sabia de computação. Jobs, entretanto, aprendeu formas alternativas e inovadoras de gerir uma empresa, o que o faria se tornar quem é.

Essa história prova que nem sempre paixão é o suficiente: talvez você seja ruim no que gostaria de fazer, mas seja ótimo em outra área – ou talvez até seja bom no que faz, mas não da forma como está fazendo, o caso de Jobs e tantos outros “gênios” que começaram fazendo algo que não tinha nada a ver com suas grandes criações mas se encontraram no meio do caminho.

Não procrastine

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Uma universidade londrina conduziu um estudo com mais de 2 mil funcionários, e percebeu que quem trabalhava mais de 11 horas por dia apresentava níveis relevantes de decréscimo na memória a curto e longo prazo, raciocínio abstrato, criatividade e solução de problemas. Basicamente, desaprendiam a pensar.

Acontece que quando se trabalha demais, deixa-se de lado outras importantes atividades para a saúde mental, como o acúmulo de cultura, o descanso e o pensamento livre (base da criatividade). Por isso, trabalhar muito não é sinônimo de trabalhar bem.

Tímidos se dão mal no trabalho

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Extrovertidos têm problemas para a liderança, de acordo com Adam Grant, professor de Administração universitário. Acontece que eles tendem a se expor mais e a ver funcionários com iniciativa como uma ameaça, engolindo decisões de chefes para agradar e criando ambientes de guerra dentro do escritório. Enquanto isso, introvertidos sabem ouvir, são receptivos a sugestões e não perdem a calma com facilidade, o que os torna chefes melhores e mais responsáveis.

Fofoca é maligna

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Que é um comportamento de defesa e controle social todo mundo sabe, e a razão é instintiva. Um estudo conduzido pela Universidade Berkeley, nos EUA, usou 200 pessoas num jogo envolvendo dinheiro. Quando alguma delas falava para as outras que alguém estava tentando se dar bem ou jogando de forma egoísta, os batimentos cardíacos desaceleravam e a frustração diminuía. Ou seja, quando você e mais dois amigos se unem contra um outro que está ganhando no banco imobiliário, aquela sensação de estar fazendo justiça com as próprias mãos é o resultado da fofoca.

Sai dessa

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O célebre cientista Darwin é quem prova essa errada. Depois da morte de sua filha, Darwin afirmou que passava um a cada três dias sem fazer nada, e que faria “pouco mais que se contentar em admirar os avanços dos outros”. Apesar do discurso, a tristeza ajudou-o a cunhar a teoria da evolução; sem conseguir se divertir com trivialidades ou vida social, sua pesquisa avançou rapidamente e culminou na elaboração de sua mais famosa obra.

Confira a carta que James Foley dedicou à família antes de ser morto pelo Estado Islâmico

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