Curiosidades

Crianças criadas por animais selvagens: casos reais

John Ssebunya
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O contato físico, a escuta do idioma e o aprendizado sobre a sociedade são todos essenciais para o desenvolvimento de um indivíduo. Mas, o que acontece se não existe esse processo durante a infância? Se a criança for colocada longe da sociedade e crescer sem referencial humano?

Infelizmente, algumas crianças se encontraram nessa situação. Elas cresceram na floresta e tiveram que aprender como sobreviver como animais selvagens, como um Tarzan da vida real. 

Existem duas maneiras que isso pode acontecer. A primeira é quando as crianças se perdem na floresta e aprendem a sobreviver como animais. A segunda é quando são abandonadas e encontram alguma ajuda em animais para suportar a fome ou o frio. 

Oxana Malaya

Oxana Malaya

Reprodução

Oxana Malaya é uma ucraniana que nasceu em 1983 e passou a maior parte de sua infância com os cachorros. Isso porque seus pais eram alcoólatras que abandonaram a filha. Aos três anos de idade, os pais a deixaram do lado de fora da casa e nunca mais participaram de sua criação.

Então, com só três anos de idade, Oxana foi para o fundo da casa, onde tinha vários cachorros vira-latas. Eles a recepcionaram e ela viveu com os cachorros até os oito anos de idade. Ou seja, por cinco anos, Oxana viveu como um cachorro. Durante os cinco anos, ela aprendeu as formas de andar, correr, dormir e de se comunicar com os cachorros. 

Oxana sobreviveu comendo junto com os cachorros coisas como carne crua, restos de alimentos e até sucatas. Isso seguiu até 1991, quando ela foi encontrada pelas autoridades. No entanto, quando ela foi encontrada, os oficiais tiveram que correr, porque os cachorros consideraram ela parte do grupo e estavam impedindo que ela fosse levada.

Vida sem humanos

Como ela foi criada com animais sem o contato com o idioma, Oxana não aprendeu a falar ou pedir ajuda. Na verdade, Oxana não sabia que estava vivendo uma vida totalmente diferente. As únicas palavras que ela conseguia dizer eram sim ou não! Ela rosnava, latia, cheirava a comida antes de comer… 

Além disso, ela desenvolveu alguns sentidos diferente dos humanos. O sentido da audição, do olfato e da visão se tornaram bem apurados por causa das condições extremas de vida.

Uma vez resgatada, ela foi levada para um orfanato, onde a ensinaram como viver como um ser humano. Lá, ela aprendeu como andar em pé, como usar talheres e até desenvolveu um pouco a fala, mas hoje, mora em um lar para pessoas com deficiências na Ucrânia. Ela trabalha atualmente como cuidadora de animais, já que sente uma aproximação com eles.

John Ssebunya

John Ssebunya

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John Ssebunya também tem uma história chocante. John tinha apenas 3 anos quando viu o assassinato de sua mãe. O culpado? O próprio pai. Por isso, ele fugiu de casa para a floresta.

Assim, ele ficou perdido por três anos, antes de ser encontrado por uma mulher de uma tribo nativa da Uganda. Ela viu John escondido em uma árvore e voltou para a tribo para pediu ajuda.

Quando tentaram resgatar o menino, ele reagiu agressivamente, o que também chamou a atenção de sua família adotiva: os macacos. Depois de muitas horas, conseguiram resgatar John, descobrindo que ele não estava bem, com feridas pelo corpo, comportamentos estranhos e vermes no intestino. John não sabia nem chorar, criado apenas pelos macacos.

Uma vez resgatado, foi levado para um orfanato, onde aprendeu a falar e até a cantar. Hoje, ele faz parte de um coral infantil de uma ONG chamada Peer África. John disse que nunca pensou em voltar para casa porque estava com medo demais.

Marina Chapman

Marina Chapman

Reprodução

Em 1954, uma britânica de nome Marina Chapman morava na Colômbia com seus pais. Aos cinco anos, foi sequestrada e abandonada em uma floresta. Dessa forma, ela conta que estava brincando na horta dos pais quando alguém a agarrou pelo braço e colocou um pano em sua boca para que ela não gritasse. Aparentemente, o pano tinha clorofórmio, porque Marina desmaiou e só acordou quando estava em um cativeiro.

O sequestro de Marina era motivado por dinheiro e, quando os pais pagaram a quantia exigida, os criminosos simplesmente abandonaram a criança na floresta. Dessa maneira, ela acabou sendo acolhida por macacos pregos, o que a fez imitar exatamente como os macacos viviam.

Então, ela aprendeu até a se comunicar com eles, mas, no começo, eles não davam comida para ela. Por isso, Marina comia frutas silvestres, raízes e até bananas que os macacos deixavam para trás. Ela aprendeu a andar de quatro e fazia tudo como os macacos. Depois de um tempo, os macacos a trataram como igual, e assim seguiu por cinco anos.

Somente depois desse tempo foi encontrada por um grupo de caçadores que venderam a criança para um bordel. Assim, depois de trabalhar na casa de uma família de criminosos, aos 14 anos, ela foi adotada pela filha de uma vizinha. Aos 27 anos, foi para a Inglaterra, casou-se e teve duas filhas. Uma das filhas convenceu a mãe a contar sua história, mas o livro foi rejeitado por diversas editoras porque ninguém acreditava ser real.

No entanto, diversas pesquisas foram feitas, incluindo uma que estudava seus sinais de afeto quando olhava para sua família adotiva e quando olhava para macacos-pregos. As respostas foram iguais nos dois casos, o que não pode ser falsificado.

Fonte: Aventuras na História

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