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Descoberta de fóssil de cobra de quatro patas tem uma reviravolta

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Existem diversos tipos de animais capazes de nos causar medo extremo e muito pânico. Cobras, aranhas, escorpiões, morcegos, tigres e leões estão entre os principais. Alguns deles podem ser facilmente domados por seres humanos, levando em consideração o tamanho, embora não deixem de ser mortais, se estivermos desatentos. Outros não se pode controlar e sequer correr deles pois são extremamente rápidos.

Isso é diferente das cobras. As cobras são, para muitas pessoas, a coisa mais medonha que existe. Justamente por se encontrar em qualquer lugar, até mesmo nos mais improváveis. As cobras são ainda muito cuidadosas na hora de atacar sua presa, além de serem bastante rápidas. O que nos conforta é saber que ainda podemos fugir, até porque tudo poderia ser pior se elas tivessem pernas, por exemplo. Acredite, esse pesadelo provavelmente já foi uma realidade.

Em 2015, os paleontólogos anunciaram uma descoberta impressionante preservada na rocha do cretáceo do Brasil. Nela estava o esqueleto completo de um animal parecido com uma cobra, mas com algo a mais. Ela tinham quatro patas minúsculas.

Descoberta

Isso foi uma grande descoberta paleontológica. O animal, que se chamou de Tetrapodophis amplectus, era o elo que faltava entre as cobras e os lagartos. Mas existe um problema. Segundo uma nova análise dos restos mortais desse animal, ele não é uma cobra. Mas sim uma espécie de lagarto marinho extinto que viveu há mais de 110 milhões de anos.

“Existem muitas questões evolutivas que poderiam ser respondidas ao encontrar um fóssil de cobra de quatro patas, mas apenas se for real. A principal conclusão de nossa equipe é que Tetrapodophis amplectus não é de fato uma cobra e foi mal classificada. Em vez disso, todos os aspectos de sua anatomia são consistentes com a anatomia observada em um grupo de lagartos marinhos extintos do período Cretáceo conhecido como dolichosaurs”, disse o paleontólogo Michael Caldwell, da Universidade de Alberta, no Canadá.

Se aceita há muito tempo que as cobras nem sempre foram seres rastejantes sem membros como se vê atualmente. Tanto que existem outros fósseis que comprovam isso. Como por exemplo, Najash rionegrina, uma serpente de aproximadamente 95 milhões de anos atrás com dois membros posteriores, descoberta em 2006.

Reanalise

Justamente por isso que se esperava encontrar em algum momento uma ocbra de quatro membros em algum lugar. E Tetrapodophis amplectus era um candidato bem promissor.

O estudo de 2015, analisou e examinou de forma minuciosa os ossos da criatura, e logo Caldwell achou que alguma coisa estava errada. Ele e sua equipe apresentaram uma réplica em outubro de 2016 na reunião da Society of Vertebrate Paleontology.

Depois de terem examinado o esqueleto, eles descobriram que os dentes não eram no formato de gancho ou então orientados como os dentes de uma cobra. Além do seu crânio e esqueleto também não serem como os de uma cobra. Outro ponto foi que os pesquisadores não conseguiram ver grandes escamas ventrais que teriam ajudado a classificá-lo como cobra.

E dentro da barriga dele estava os restos de sua última refeição, que se parecia com escamas de peixe. O que seria consistente com uma criatura aquática.

Novas observações

O novo estudo vai ainda mais profundamente e mostra algo que o estudo de 2015 não viu. A pedra na qual o esqueleto foi preservado.

“Quando a rocha contendo o espécime foi dividida e descoberta, o esqueleto e o crânio acabaram em lados opostos da laje, com um molde natural preservando a forma de cada um no lado oposto. O estudo original apenas descreveu o crânio e negligenciou o molde natural, que preservou várias características que deixam claro que os tetrapodophis não tinham o crânio de uma cobra, nem mesmo de uma primitiva”, pontuou Caldwell.

Por mais que essa criatura não seja uma cobra, talvez agora ela tenha bem mais a ensinar aos pesquisadores. Como o esqueleto está bastante preservado ele é um verdadeiro presente para os estudos.

Fonte: https://www.sciencealert.com/this-famous-four-legged-snake-fossil-is-something-else-after-all

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