Ciência e Tecnologia

Descoberta revela que aranhas podem usar eletricidade para voar pelo ar

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Que as aranhas podem voar, cientistas e biólogos já sabiam há algum tempo. Apesar de não ser um comportamento muito conhecido pela grande maioria das pessoas,. Esse comportamento é chamado de balonismo, e geralmente ocorre quando chove ou se existe necessidade de migração.

Um novo estudo, porém, revelou que campos elétricos podem estar por tras de como esses animais executam seus “voos”. Campos elétricos não só estariam desencadeando os voos como também fornecendo sustentação para as aranhas, mesmo quando o clima não está tão favorável.

“Quando pensamos em organismos aerotransportados, as aranhas geralmente não nos vem à mente. No entanto, esses artrópodes sem asas já foram encontrados a 4 quilômetros de altura no céu, se dispersando por centenas de quilômetros”, explicaram os autores do estudo, Erica Morley e Daniel Robert, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.

Os voos

O balonismo realizado pelas aranhas já havia sido apontado por Charles Darwin enquanto ele as observava pousarem no mar do Estreito de Beagle. Porém, a teoria foi descartada sem uma observação, digamos, mais científica.

Segundo os pesquisadores, as aranhas estariam viajando muitos quilômetros através do gradiente potencial elétrico atmosférico (GPA), um circuito elétrico entre a Terra e a ionosfera – parte da atmosfera da Terra que é ionizada pela radiação solar.

As tempestades seriam como uma grande bateria para o GPA, carregando e mantendo os campos elétricos na atmosfera. Baseado em um estudo de 2013, onde outros pesquisadores tentavam atestar que os campos elétricos faziam parte da estratégia das aranhas para voar. Foi assim que Morley e Robert decidiram colocarverificar se as aranhas respondiam a eles. Também visavam descobrir qual a influência em suas flutuações.

O experimento foi realizado adicionando um campo elétrico artificial, onde aranhas da espécie Erigone foram isoladas, sem a influência da eletricidade atmosférica ou movimento do ar. A equipe pôde observar que as aranhas se colocaram em posição para o balonismo quando o campo era acionado.

Outra descoberta é de que as forças eletrostáticas do campo, as mesmas que fazem com que nossos cabelos se arrepiem, eram suficientes para que o “fenômeno” pudesse ocorrer. Quando o campo estava desligado, as aranhas deslizavam.

“Nós ainda não sabemos se os campos elétricos são necessários para permitir o balonismo. Sabemos, no entanto, que são suficientes”, afirmou Morley. Os pelos sensoriais das aranhas, chamados de tricobótrios se movem em resposta aos campos elétricos. Os cientistas acreditam ser a forma pela qual elas detectam o GPA.

Combinações entre o GPA e o vento poderiam ser as razões mais prováveis para o balonismo das aranhas. Pelo menos é o que eles descobriram até o momento. Mas, a natureza ainda reserva muitos segredos para serem descobertos pelo homem.

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