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Dickinsonia, o novo e mais antigo membro do reino animal

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Há quase 600 milhões de anos atrás, os continentes da Terra estavam vazios. Não existiam animais, e nem os dinossauros tinham dado as caras ainda. Porém os oceanos não estavam vazios. Mas primeiramente vamos retroceder um pouco. Há muitos anos existia um debate no mundo científico em aberto, sem uma solução. O Dickinsonia era considerado um organismo unicelular, que vivia nos oceanos sem muita complexidade. Os mares estavam cheios disso. Uma equipe de cientistas da Austrália, Rússia e da Alemanha descobriram moléculas de colesterol em um fóssil desse organismo.

Junto com esse fóssil foram descobertas duas coisas muito importantes para a ciência contemporânea. Em primeiro, Dickinsonia faz parte do reino animal. Ele é um animal. Em segundo, ele é o animal mais antigo que nós conhecemos. Ou seja, Dickinsonia é o animal mais antigo do mundo.

Dickinsonia

Para definir esse animal, basta imaginar uma forma oval de 1,4 metros de comprimento e segmentos que pareciam costelas. Ele fazia parte da biota do Ediacarano, entre 575 há 541 milhões de anos. Eles passaram pela Terra 20 milhões de anos antes do surgimento de vida complexa no planeta. O estudo mostra que filos como os moluscos, os artrópodes e os vertebrados vieram do Dickinsonia. Jochen Brocks escreveu um artigo relatando a descoberta e o estudo para a revista Science, aonde diz: “esta criatura permanecia deitada no fundo marinho, provavelmente, em águas rasas. E vivia na superfície de ‘tapetes’ de cianobactérias e algas verdes, consumindo-as”.

Sabe-se que ele podia se movimentar poucos centímetros para se alimentar, porém, não se sabe se ele tem familiares diretos vivos.

Benefícios da descoberta

A descoberta não é benéfica apenas para saciar a curiosidade humana. Ela pode vir a ajudar os cientistas a entender melhor a complexa interação entre geologia e biologia, que desencadeou a evolução da vida complexa na Terra e, quem sabe, talvez também em outros mundos. Douglas Erwin, paleobiólogo do Museu Nacional de História Natural do Instituto Smithsonian, que não participou do estudo, espera reforçar a busca por vida em outras partes do sistema solar. Segundo ele a empreitada se justifica porque demonstra como traços químicos fracos, e não a análise mais óbvia da morfologia fóssil, pode descobrir novos detalhes biológicos anteriormente negligenciados. Isso é crucial porque, além da Terra, diz ele, “é mais provável encontrar fósseis de algo do que encontrar alguma coisa levantando a cabeça e acenando”.

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