História

Dom Pedro I passou a vida cercado por amantes?

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Em 2017, a Globo exibiu pela primeira a novela “Novo Mundo”, que está novamente reprisada em 2020. Assim, com a exibição da novela, muitas pessoas começaram a se perguntar se Dom Pedro I passou a vida cercado por amantes e se era mesmo, tão mulherengo como seu personagem representado na novela.

Explicando de maneira simples, sim. De fato, o primeiro imperador do Brasil era considerado um mulherengo incorrigível. Mas, além disso, seus casos extraconjugais não eram nenhum segredo na época. Dessa forma, podemos afirmar que a novela provavelmente não faz jus ao quão mulherengo era o imperador do Brasil.  Ele não somente possuía diversas amantes, mas também era conhecido por casos de assédio e também, por casos que puderam ser obscenos demais para serem exibidos em uma novela das seis.

Ele era muito pior do que o personagem mostrado em “Novo Mundo”

Antes mesmo de se casar, D. Pedro I se envolveu com uma dançarina francesa chamada Noémi Thierry, com que chegou a ter um filho que nasceu morto. No entanto, o romance foi abafado por seu pai, o rei João VI. Desse modo, o rei enviou a dançarina para longe. Isso porque, não havia o risco de que, o noivado do filho com a arquiduquesa Leopoldina da Áustria, filha do imperador Francisco I da Áustria e da princesa Maria Teresa da Sicília, fosse ameaçado. Contudo, o D. Pedro I não parecia estar preocupado com isso. Sendo assim, antes do casamento ele chegou a se relacionar com a irmã de Leopoldina.

Em 13 de maio de 1817, Leopoldina e Pedro se casaram por procuração. Em seguida, ela assumiu o nome de Maria Leopoldina e, seis meses depois, ela chegou ao Rio de Janeiro para conhecer o marido. Ao longo do casamento, os dois tiveram sete filhos. Contudo, cartas inéditas encontradas no Museu Imperial revelaram que a imperatriz detestava sexo. Ao contrário de sua esposa, D. Pedro era verdadeiramente obcecado pela prática, chegando, inclusive, a praticar uma série de verdadeiras bizarrices.

Em 1822, Dom Pedro I viajou para São Paulo e conheceu Domitila de Castro, por quem se apaixonou. Podemos afirmar que, até então, o imperador sempre manteve suas escapadas sexuais em segredo. No entanto, com Domitila foi diferente. Assim, ela foi nomeada Marquesa de Santos e passou a viver na corte. Além disso, Maria Leopoldina foi obrigada a aceitar a “amante oficial” do marido como dama de companhia.

Dom Pedro I chegou a nomear uma “amante oficial”

Em cartas íntimas de D. Pedro I com Domitila de Castro, o imperador assinava como “Demonão” ou “Fogo Foguinho”. Mas, acredite, o mais bizarro ainda está por vir. Nas cartas, o imperador desenhava o próprio pênis e muitas das vezes, com ilustrações de ejaculações. Dentro dos envelopes, pelos pubianos de Pedro também eram enviados juntas às cartas. E claro, no corpo do texto, ele relembrava a vontade de estar com Domitila e consumar a relação.

Após um tempo, a traição veio a público e o povo não perdoou. Porém, toda a culpa da relação caiu sobre Domitila, que se tornou inimiga número 1 do Brasil. Para se ter uma ideia, com a morte da imperatriz, um grupo de pessoas se reuniu na casa de Domitila para apedrejá-la. Isso porque, mesmo sem nenhuma prova, muitas pessoas acreditavam a Marquesa dos Santos havia envenenado Leopoldina.

Em meio a uma crise política, D. Pedro I estava em busca de uma nova esposa. Assim, se casou com Amélia de Leuchtenberg, filha de Eugênio de Beauharnais, Duque de Leuchtenberg, e da princesa Augusta da Baviera. Entretanto, para isso, precisou cortar todos os laços com Domitila. Depois disso, ela também foi expulsa da corte.

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