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Agnès Sorel, a mulher mais poderosa da corte francesa

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A vida de Agnès Sorel se tornou um marco folclórico medieval francês, onde dificilmente conseguimos distinguir os fatos da ficção. Ela entrou pra história  não somente por ser oficialmente a amante de um monarca europeu, mas também por talvez ser a primeira mulher a tornar os mamilos menos polêmicos e até elegantes.

Agnès caminhava pela corte do rei Carlos VII de França usando um colar de diamantes que chamava atenção para seu belo corpo e o rei da França era tão apaixonado por ela que lhe deu tudo aquilo que ela desejava, em se tratando de riquezas.

Isso enfurecia os demais membros da aristocracia francesa, a ponto de que sua morte prematura, aos 28 anos de idade, em 1450, teve um crime premeditado que foi visto  como suspeita quase que imediatamente.

A paixão do rei

Mesmo a data do nascimento de Agnès Sorel divide os historiadores, embora a maioria deles concorde que ela tenha nascido por volta de 1422, em Turena, na França. A família Sorel não era tão nobre, e quando mais nova, Agnès serviu como assistente da primeira Isabella, a duquesa de Lorraine, depois de Marie d’Anjou, que era casada com o rei Carlos VII da França.

E foi exatamente nessa época, por volta de 1444, quando ela servia à rainha consorte, que o rei teria se atentado à beleza de Agnès. A jovem dama de companhia da rainha era conhecida por sua “estonteante beleza” e, aparentemente, não era nenhum segredo que o rei possuía diversas amantes anônimas.

No entanto, Agnès não seria mais uma mulher no harém de conquistas de Carlos VII. Segundo François-Fréderic Steenackers, político francês do século XIX e, por vezes, historiador, “Ela teve tudo de uma vez, por um raro privilégio, uma beleza superior do corpo e da alma, com esta vitalidade física e moral que satisfez todas as exigências do amor”.

E não foram poucos os presentes recebidos por ela, vindo do rei. No rol de itens foram dados castelos, joias, e de acordo com alguns relatos, Agnès possuiu o primeiro diamante lapidado. Embora 200 anos antes disso, o rei Luis IX houvesse proibido o uso de diamantes por alguém que não fosse o próprio rei. Porém, Agnès exibia suas joias tranquilamente pela corte vestindo um corpete entreaberto.

A primeira amante oficial

Se Agnès era realmente “a mulher mais linda do mundo” não sabemos, mas sem dúvida alguma ela tinha muito a oferecer ao rei além de sua beleza física, a ponto da obsessão do mesmo fazê-lo declará-la como a primeira amante oficial entre os reis da França.

Apesar disso parecer completamente absurdo, na França medieval,  a posição de amante do rei era uma das mais poderosas que uma mulher poderia ter. Naquela época, as mulheres não poderiam assumir cargos públicos e uma amante real podia obter uma certa influência política através de palavras perfeitamente escolhidas e ditas no momento certo. Fortunas podiam ser feitas e desfeitas apenas para atender o pedido de uma amante.

A beleza de Agnès era tamanha que inspirou o pintor Jean Fouquet. Ele teria a descrito como uma graciosa Virgem Maria, o que provocou ainda mais a ira dos conservadores da corte, por verem a imagem de um personagem sagrado sendo representado por uma mulher sensual e que não escondia sua sexualidade.

Ela acabou, com o tempo, se tornando conhecida como A Senhora da Beleza. Com ela, o rei teve três filhas, Charlotte, Marie e Jeanne de Valois. Pouco antes de dar à luz a seu quarto – cujo sexo do bebê as fontes não têm um consenso, Agnès e a criança morreram repentinamente.

Aos 28 anos, a morte da amante do rei foi dada como causa de uma disenteria. No entanto, rumores apontam que envenenamento teria sido a verdadeira razão de sua morte. Sem dúvida alguma, não havia escassez de rivais políticos que poderiam ter organizado o assassinato.

As lendas de Agnès

Mesmo após sua morte, as lendas ao redor do nome de Agnès continuavam a crescer. Historiadores até mesmo tentaram entrelaçar a história da francesa com outra figura famosa e extremamente importante que viveu durante o período do reinado de Carlo VII: Joana d’Arc.

Relatos apresentavam Agnès como uma diplomata, cuja influência inspirou o rei a empreender esforços benéficos pelo país. Apesar de sua posição como amante, o que acabava por ferir as convicções religiosas, fontes contemporâneas a descrevem como uma mulher piedosa e caridosa, que por muitas vezes compartilhou de suas riquezas com os mais necessitados.

Graças às obras de escritores vitorianos e à redescoberta de sua persona nas mídias sociais, Agnès Sorel é mais lembrada por influenciar um tendência que envolve um de seus seios descobertos. Isso começou devido à pintura de Jean Fouquet, onde ela é retratada como ‘A Virgem Amamentando’ (Madonna Lactans, em latim). Entretanto, não há fontes que comprovem que Agnès andasse em público exibindo um de seus seios.

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