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A viagem no tempo é um dos assuntos que mais instigam a raça humana. Não seria por menos, uma vez que somente essa possibilidade levanta mil questionamentos. Porém, o que a viagem no tempo realmente desperta no coração dos homens é o desejo. Vai dizer que você nunca parou por um momento e pensou em como as coisas seriam se você pudesse voltar no tempo e mudar alguma coisa no passado? Ou então, ir dar uma volta no futuro para descobrir aonde é que você vai parar? Sim, admita, você queria muito tudo isso. É por esse motivo que eu lhe trago uma notícia muito boa: a ciência afirma que é possível construir uma máquina no tempo.
Apesar da ciência explorar o tema desde Einstein, com sua teoria da relatividade, atualmente o assunto vem ficando muito popular entre os físicos modernos. Isso acontece por dois motivos. O primeiro é que é muito divertido pensar sobre a possibilidade de viagem no tempo. Segundo, porque descobrir se essa possibilidade realmente existe poderia mudar a física completamente, uma vez que várias teorias primordiais cairiam por terra. Isso aconteceu com a teoria da relatividade, que quando apareceu destruiu o antigo conceito humano que considerava o tempo universal e absoluto.
Construindo uma máquina do tempo
Esse processo tem como base a teoria da relatividade especial de Einstein. Nela, o físico diz que o intervalo de tempo entre duas etapas depende da maneira como o observador se desloca. Por exemplo, dois irmão gêmeos. Um se chama Fábio e o outro Joaquim. Fábio vai fazer uma viagem para uma estrela inexplorada no espaço, e Joaquim irá ficar na Terra a sua espera. Quando Fábio vai, ele usa uma nave de altíssima velocidade, retornando um ano depois de sua partida. Porém, aqui na Terra, se passaram 9 anos. Ou seja, a forma como o tempo se passa em uma ponta, não necessariamente é a mesma forma como ele se passa em uma outra ponta.
Este efeito é conhecido como dilatação do tempo e ocorre sempre que dois objetos se movimentam – um em relação ao outro. Na nossa rotina diária grandes variações são imperceptíveis. Isso acontece porque o efeito só é perceptível quando o movimento ocorre em velocidades próximas às da luz. Porém, vamos lá, veja como se constrói uma máquina do tempo em três passos, segundo reportagem de Paul Davies publicada no site Scientific American.
Uma viagem através de um buraco de minhoca
Em primeiro lugar, é preciso encontrar, ou fabricar, um buraco de minhoca. Ele ligará, através de um túnel, dois pontos opostos no espaço. Provavelmente existem buracos de minhoca grandes pelo espaço, uma consequência do Big Bang. Se na hora de criar a máquina do tempo não houver um buraco de minhoca, será necessário usar buracos de minhoca subatômicos, provavelmente artificiais – produzidos por aceleradores de partículas. Esses pequenos buracos de minhoca precisariam ser aumentados até atingir proporções úteis.
Em segundo, é preciso estabilizar o buraco de minhoca. Uma infusão de energia negativa, produzida por meios quânticos, permitiria a passagem segura de um sinal ou um objeto através do buraco de minhoca. A energia negativa controla a tendência do buraco de minhoca de chegar a um ponto de densidade infinita, ou quase. Isso quer dizer que impedirá que o buraco de minhoca se transforme em buraco negro.
Em último lugar, vai ser preciso transportar o buraco de minhoca. Uma espaçonave, com tecnologia muito avançada, separaria as aberturas do buraco de minhoca. Uma abertura seria colocada junto à superfície de uma estrela de nêutrons de altíssima densidade, com campo gravitacional muito forte. A gravidade intensa fará com que o tempo corra mais devagar. Como o tempo passará mais depressa na outra abertura, os dois extremos do buraco de minhoca ficam separados não só no espaço, mas também no tempo.
Pronto, você tem uma máquina do tempo. Porém, será possível passar um objeto através desse túnel? E os paradoxos, como são resolvidos? Bom, isso é assunto para outro texto. Comenta aqui com a gente o que achou e compartilha essa matéria nas suas redes sociais.
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