Os zumbis têm sido um marco da ficção moderna nos últimos anos e fazem parte do folclore desde muito tempo. Para muitos, a história dos zumbis começou na África e, em seguida, migrou para o Haiti, por meio das práticas xamanísticas. Já outros pensam que a origem pode ter raízes em doenças mentais, como, por exemplo, a esquizofrenia.
Independente de onde a história surgiu, o fato mesmo é que estes seres são ícones de sucesso desde então. Por isso, não nos surpreende mais que muitos de nós, seres mortais, tenhamos começado a tentar extrair da ficção a possibilidade de que, sim, é totalmente viável um apocalipse zumbi acontecer.
É claro que, talvez, não seja exatamente como o mundo do entretenimento nos apresenta, mas se existe mesmo essa chance, talvez valha a pena elaborar uma estratégia para sobreviver a um desastre do tipo. Só por precaução,não?
Grande parte das produções televisivas nos vende a história de que o apocalipse é ocasionado por algum tipo de vírus. Este, que é transmitido pelo contato físico, geralmente é oriundo de uma mordida. Até aí tudo bem. Já sabemos que o plano aqui seria evitar qualquer tipo de contato. Mas e se eles forem rápidos? Destruidores? Como faríamos? Acredita-se que o primeiro passo é escolher um local isolado. Se possível, cercado por água. E é bom isolar-se também, apenas para certificar se não existe nenhum outro tipo de problema. Leia-se, contaminado.
Agora, e se acontece como no filme Mortos-Vivos, onde todos nós somos infectados pelo ar ou pela água, mas não apresentamos sintomas de zumbis até ‘morrermos’? Isso tornaria o cenário todo ainda mais sanguinário, não? O que importa é que, em ambos casos, o importante mesmo é criar outro tipo de abordagem. Como queremos sobreviver de todo modo, além de nos isolar, seria bom fazer com que os zumbis se dispersassem. E para bem longe, né?
Por outro lado, acredita-se que, devido às limitadas faculdades mentais desses seres, é mais provável que os mortos-vivos nos encontrem por causa do odor. De acordo com os nerds de plantão, o melhor caminho seria tentar, de alguma forma, emitir o mesmo odor. Podemos fazer isso como? Vestindo a roupa de algum zumbi que já foi derrotado, por exemplo.
Partindo do pressuposto de que os zumbis, por serem ‘predadores’, estão simplesmente seguindo seus instintos naturais, no final das contas, nós, cujo intelecto supostamente será sempre superior ao deles, por obrigação, temos que ser espertos para sobreviver. E contar com a sorte, claro.
Outro panorama
O professor universitário Stephen Kane, há um tempo atrás, publicou um artigo chamado “Uma explicação necro-biológica para o Paradoxo de Fermi”. Trata-se basicamente de uma maneira extravagante de questionar: “e se os alienígenas fossem realmente zumbis?”.
A ideia de Kane é a de que qualquer civilização que tenha existido por tempo suficiente para desenvolver uma sociedade avançada, também teve ampla oportunidade de desenvolver agentes patogênicos em nível de pandemia – exatamente como fizemos. Um desses patógenos pode ser um vírus zumbi. Ao modificar a Equação de Drake – uma equação usada para prever o número de civilizações inteligentes na galáxia, Kane chega à conclusão de que poderia haver mais de 2.500 planetas zumbis dentro de 100 parsecs (326 anos-luz) da Terra.