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É possível ter gêmeos de pais diferentes?

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É bem provável que você tenha conhecido ao menos um exemplo de irmãos gêmeos. Mas você sabia que é possível gêmeos nascerem com pais diferentes? A questão é que, por muito tempo, acreditava-se que esse tipo de caso seria completamente impossível. Porém, nosso corpo parece nunca deixar de nos surpreender e provou que isso é completamente possível de acontecer.

No entanto, é importante frisar que gêmeos de pais diferentes são algo extremamente raro. Casos do tipo começaram a se tornar mais comuns com a popularização dos testes de DNA, que devido as diferenças físicas entre os irmãos gêmeos, geraram desconfiança da paternidade das crianças.

Superfecundação e Superfetação heteropaternal

A superfecundação heteropaternal e a superfetação heteropaternal são eventos muito raros de ocorrerem. Entretanto, ambos já foram documentados em registros médicos. Esses processos geram gêmeos fraternos ou dizigóticos, que são formados a partir de dois óvulos. Os gêmeos monozigóticos, idênticos, são formados a partir de um único óvulo.

Uma mulher durante um único ciclo menstrual pode liberar vários óvulos. Caso ela tenha relações sexuais com um homem, ela pode vir a engravidar de gêmeos fraternos do mesmo pai. Entretanto, caso a mulher tenha liberado múltiplos óvulos, se tiver relações sexuais com parceiros diferentes, pode ocorrer a superfecundação heteropaternal.

A superfetação heteropaternal, apesar de também resultar em gêmeos fraternos, é um processo diferente. Mesmo depois de engravidar, algumas mulheres ainda podem ovular. Essa ovulação pode ocorrer dias, semanas ou até meses depois do primeiro óvulo ter sido fecundado.

A superfetação resulta em embriões em diferentes estágios de desenvolvimento ao longo da gravidez. Mas, eles ainda são considerados gêmeos. A superfetação é algo extremamente comum em outras espécies, como os coelhos e peixes. Tanto a superfecundação, quanto a superfetação podem ocorrer de forma natural, mas também podem ser fruto de tratamentos de fertilidade.

Gêmeos podem sim ter pais diferentes

Um bom exemplo é o caso dos irmãos holandeses, Koen e Tuen Stuart, que por um erro do laboratório, o equipamento utilizado para fecundar a mãe dos meninos havia sido utilizado anteriormente, não havia recebido a devida higienização e estava “contaminado” com o esperma de um outro homem. A mulher que recebeu o tratamento de fertilização in vitro acabou gerando os gêmeos cujos pais são diferentes.

Um estudo revelou que 2,4 % de todos os gêmeos fraternos que estiveram envolvidos em processos de paternidade eram filhos de pais diferentes. A maioria dos casos já relatados de superfecundação e superfetação ocorreram com mulheres que estavam sendo submetidas a tratamento de fertilidade. Isso porque esses tratamento tornam a liberação de múltiplos óvulos muito mais provável de acontecer.

Uma pesquisa mostrou que a superfetação pode ocorrer em até 0,3% de todas as gestações. Porém, muitas mulheres acabam por perder uma das gravidezes, o que acaba por tornar as estatísticas reais ainda desconhecidas. A superfetação pode ser revelada através de exames de ultrassom, onde o médico poderá dizer se uma mamãe está carregando gêmeos em diferentes estágios de desenvolvimento, o que é chamado de discordância de crescimento. Caso isso ocorra, o bebê mais novo pode nascer prematuramente, no entanto, ambos podem nascer saudáveis.

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