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É verdade que todo mundo tem um pouco de intolerância à lactose?

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O que você sente quando ingere algum alimento que contém lactose em sua composição? Algumas pessoas podem até sentir alguns incômodos com a ingestão deste açúcar. Logo, elas temem que sejam intolerantes à lactose.

Em seguida, essa pessoa sai por aí perguntando se outras pessoas também sentem esses impasses. Provavelmente, ela vai encontrar uma boa quantidade de pessoas que vai se identificam com o relato dela. Assim, surge o mito de que todo mundo tem um pouco de intolerância à lactose.

Nesse sentido, vale esclarecer que a coisa não é bem assim. Em síntese, os sujeitos podem sim apresentar alguns sintomas desse quadro durante a ingestão do açúcar do leite. Todavia, essa manifestação pode ser branda, o que a retira da condição de intolerante.

Fonte: Fá Romero

A intolerância à lactose

Em síntese, essa condição se dá pela incapacidade de um organismo em digerir a lactose. Ou seja, o sistema digestivo do indivíduo não quebra o carboidrato, o que leva esse composto a se acumular no corpo.

A razão disso está na ausência da enzima lactase, que faz esse papel de fragmentar a lactose. A propósito, a perda da capacidade de produção dessa enzima pode acontecer em qualquer momento da vida do sujeito. Atualmente, segundo pesquisa do Datafolha, cerca de 35% dos brasileiros possuem essa restrição alimentar.

Dessa forma, os indivíduos acometidos precisam evitar o leite e seus derivados. Logo, um intolerante à lactose não pode ingerir queijos, iogurtes, chocolates, dentre outros alimentos com ingredientes advindos de laticínios.

Quando o sujeito ignora essa restrição, a conta chega de forma rápida. Consequentemente, ele sente dores de barriga, azia e gases. Isso porque a lactose não quebrada passa por uma fermentação dentro do intestino, o que gera o característico mal-estar.

Sendo assim, algumas pessoas podem até apresentar esses sintomas na forma branda. No entanto, isso demonstra apenas uma menor produção da enzima lactase. Para considerar alguém intolerante, os incômodos teriam que ser muito mais graves, ao ponto de interferir diretamente na rotina do sujeito.

É o que ensina a nutricionista Ana Paula Moura, em sua contribuição no portal Cuidados pela Vida. “O que existe, na realidade, é uma sensibilidade maior à lactose em algumas pessoas. Outras nem isso têm. Essa sensibilidade se deve a uma produção baixa da enzima lactase, o que pode trazer sintomas mais brandos em comparação às manifestações típicas do quadro de intolerância em si”, descreve ela.

Fonte: LabDeltha

Autoconhecimento + Autocontrole

Portanto, é um mito dizer que todos nós temos um pouco de intolerância à lactose. Por isso, além de analisar os sintomas, fazer o teste é necessário para descobrir se você tem intolerância ou não.

Além de saber se você cruzou a fronteira da repulsa a este açúcar, o teste te permite entender o tamanho dessa rejeição. Logo, com essa informação em mãos, você consegue agir de forma mais responsável.

Afinal, se você tem um quadro severo de intolerância, é preciso que haja autocontrole. Caso contrário, qualquer tanto de lactose pode lhe deixar disfuncional por um dia todo. E você não vai querer perder uma tarde no parque por conta do seu intestino, não é?

Nesse sentido, quem tem um grau mais brando também necessita se alertar. Há certos alimentos lácteos que geram mais intolerância do que outros. Portanto, é prudente que o indivíduo conheça a reação do próprio corpo diante de cada um deles. Assim, você pode muito bem rejeitar um copo de leite puro e logo depois aceitar um iogurte. Por que não?

Contudo, independente do grau de intolerância à lactose, a ciência já desenvolveu um “amigo encapsulado”. Estamos falando do suplemento de lactase, o qual é ingerido junto com a comida láctea. Dessa forma, sob orientação médica, a pessoa intolerante consegue conviver com essa restrição sem grandes sacrifícios.

Fonte: Cuidados pela Vida.

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