A maior multa da história: mulher terá que desembolsar R$385 mil

No dia 6 de julho de 2021, durante o voo 1774, que partiu de Dallas, no Texas, em direção a Charlotte, na Carolina do Norte, a equipe de bordo havia se preparado para mais um voo doméstico usual. No entanto, apesar de sempre haver pessoas peculiares nos aviões, certamente algumas não imaginavam o que estava por vir. O resultado do ocorrido nessa transitação aérea foi nada mais, nada menos que a maior multa da história.

No dia relatado, uma mulher não identificada tentou abrir a porta da aeronave e, quando a impediram, a moça ainda atacou uma comissária de bordo com mordidas e cuspidas. Embora a American Airlines tenha sido bem objetiva em seu comunicado oficial, o vídeo divulgado posteriormente mostra que a situação passou longe de ser calma como o pronunciamento formal sugere.

A gravação foi realizada por outra passageira no momento de desembarque do avião. Enquanto ela caminha em direção à saída, é possível ver a mulher amarrada ao assento da aeronave atada por silver tape. O voo contava com 190 passageiros a bordo e, segundo a pessoa que postou o vídeo, o evento que resultou na maior multa da história aconteceu de madrugada.

De acordo com o relato da passageira que gravou o vídeo acima, por volta de 1h30 da madrugada notou-se uma movimentação estranha no avião. Os comissários correram até o local onde a mulher, em aparente estado de colapso nervoso, tentava abrir a porta do avião. Segundo a American Airlines seria impossível que ela conseguisse abri-la, no entanto, os atendentes de voo treinam para lidar com a situação e tentaram contê-la da melhor forma.

Resultado: a maior multa da história

Aquela máxima de “a justiça tarda, mas não falha” mostrou-se um tanto quanto assertiva nesse caso. Quase um ano após o ocorrido, a passageira que foi presa ao assento do avião com fita adesiva voltou a estampar as manchetes dos veículos de comunicação. Dessa vez o motivo não era o surto em si, mas o resultado dele: a maior multa da história.

De acordo com a Agência Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, a justiça pela comissária de bordo atacada foi feita. A mordida conferida pela mulher não identificada contra a funcionária da American Airlines lhe custou nada mais, nada menos que US$ 81.950 (que, convertidos em reais, dariam cerca de R$ 385 mil).

Além disso, mesmo pagando a multa, a mulher ainda pode enfrentar um processo criminal. A situação foi informada pela autoridade americana para a aviação civil que também relatou que, além de ter recebido a maior multa da história, a mulher não poderá mais pegar voos, até segunda ordem. Não ficou claro se apenas na Amarican Airlines ou se a proibição estende-se para outras companhias aéreas.

Testemunhas relatam que ela gritava que precisava sair do avião enquanto batia nas portas. Em seguida, após o pouso, encaminharam a mulher para um hospital, no qual ela passou por uma avaliação psicológica.

A preparação dos comissários de bordo

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Embora esse caso tenha repercutido de forma extraordinária, essa não é uma situação isolada. Na verdade, esse tipo de ocorrência é mais comum do que deveria. Por isso, mesmo tendo resultado na maior multa da história, o caso da passageira não identificada teve um desfecho tranquilo. Afinal, a tripulação estava preparada para lidar com a situação.

Com exceção de uma mordida aqui e uma cuspida ali, felizmente, ninguém saiu ferido. Isso deve-se à habilidade dos comissários que, após um treinamento especializado na contenção de danos, prepararam-se para imobilizar passageiros fora de seu estado lucido. Por isso, é comum encontrar fita adesiva e algemas descartáveis nos aviões.

Há toda uma preparação para lidar com esse tipo de situação, seja o passageiro colaborativo, problemático ou agressivo (uma escala desenvolvida pelos próprios comissários para medir a gravidade do problema e saber como solucioná-lo).

Fonte: G1, UOL Economia