Ciência e Tecnologia

Entenda como sangue líquido foi extraído de fóssil de 42 mil anos

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É difícil acreditar que cientistas encontraram sangue líquido no corpo de um cavalo de 42 mil anos. O potro estava congelado na Sibéria em uma região chamada Iakutsk. Encontrado no ano de 2018, no dia exato 11 de agosto, o animal estava congelado e bem conservado há anos.

A descoberta é mais um salto para o mundo da ciência. Agora, os próximos passos serão ousados e podem resgatar uma história perdida. A intenção dos pesquisadores é resgatar células do cavalo encontrado e clonar a espécie. Na esperança de conseguir esse milagre, será possível trazer de volta ao nosso tempo essa raça raríssima.

Conhecido como Lenskaya, ou Lena, o cavalo foi extinto há muitos anos atrás. Para investigar melhor as origens do equino, uma parceria feita com a Universidade Federal do Nordeste em Iakutsk (NEFU) foi estabelecida. Os restos mortais do animal estão sob os cuidados da Coreia do Sul que atualmente realiza análises no animal.

Para conquistar esse sonho, é necessário seguir vários procedimentos que vão possibilitar a clonagem do animal. Os pesquisadores terão que cultivar as células somáticas do potro. O cultivo já teve início com testes que infelizmente foram falhos. A tentativa com erro não desanimou os estudiosos. Ao contrário, desistir nunca foi uma opção.

A decisão diante da dificuldade é investir em análises mais detalhadas do cavalo e a vantagem é a extração do sangue líquido. Graças à colheita e às condições do corpo preservado, em alta temperatura, conseguiram informações dos vasos cardíacos do animal.

Infelizmente, todas as descobertas até o momento não são suficientes para decidir se haverá, ou não, meio de cultivar as células. Mas, são incríveis as descrições do estado que se encontra o corpo do cavalo. Tecidos musculares ainda estavam vermelhos como a cor natural. Órgãos internos em perfeita conservação e pelos ainda presentes na cabeça.

Para a comunidade científica, o material é propício para continuar os estudos. Imagine, a descendência das espécies de equinos sendo resgatada para os dias de hoje de maneira tão concreta. Até as cores puderam ser identificadas no animal. Crina preta de pelos castanhos são suas características fenotípicas.

Com esses detalhes, fica fácil se imaginar cavalgando em uma espécie extinta há 42 mil anos. Se descrever já nos dá a sensação, pense na empolgação dos pesquisadores para que tudo isso pudesse se tornar real?!

O interessante é que o Potro nasceu e faleceu com poucas semanas de vida. A boa notícia também é que a Coreia do Sul já está atrás de uma égua para começar os primeiros experimentos em uma barriga de aluguel. Não vai ser fácil, mas há evoluções na pesquisa.

Era do Gelo

O potro é considerado o animal da Era do Gelo encontrado com melhor estado de conservação da História. Contudo, um mamute também foi encontrado com a possibilidade de ter sangue como objeto viável de pesquisa. O grandalhão possui 27 mil anos a mais que o nosso jovem potro. É isso mesmo, bem mais idade. Dessa vez, a descoberta foi Russa!

É muito empolgante ver toda a família científica fazendo descobertas que contam muito da história e da evolução do mundo. Mais ainda, é incrível saber que, mesmo depois de tantos anos, o gelo é capaz de manter por eras a genética e as formas de animais tão cuidadosamente, como só vimos em histórias de desenhos.

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