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O “voo mais longo do mundo” contará com suítes de luxo privativas e até uma área para esticar as pernas e se alongar. O projeto foi desenvolvido pela companhia aérea australiana Qantas, e está previsto para operar em 2025.
A empresa fez o anúncio no começo de maio, depois de assinar um contrato com a Airbus para a compra de 12 aviões A350-1000. Eles realizarão as rotas entre Sydney e Londres e Sydney e Nova York sem escalas, em voos com duração de 19 horas. Hoje em dia, esses trajetos são feitos em 24 horas, com paradas.
A proposta, nomeada como “Projeto Amanhecer”, teve alguns detalhes do voo compartilhados no site oficial da companhia aérea. A aeronave levará 238 passageiros, número de assentos menor em comparação com os outros A350-1000, que conseguem levar até 366 pessoas.
Um vídeo divulgado pela companhia aérea mostra como será a suíte de luxo, que faz parte da primeira classe. No local, o passageiro terá cama e poltrona individuais, armário para bagagem, roupa de cama de luxo e tela de 32 polegadas.
Também foram mostradas imagens de uma área de lazer, chamada de “zona de bem-estar”. De acordo com a Qantas, o local foi projetado para que o passageiro possa se movimentar e fazer alongamento durante o voo.
A área também contará com estação de lanches “self-service” e telas de entretenimento.
Quatro classes
Foto: Divulgação/ Qantas
Para realizar os voos mais longos do mundo, as aeronaves precisarão ser adaptadas. Por isso, a companhia dividiu os assentos em quatro classes.
- Primeira: serão seis 6 suítes privativas com cama, poltrona e armário, além de tela de entretenimento de bordo de 32 polegadas;
- Business: contará com 52 suítes com acesso direto ao corredor e que foram “projetadas para redefinir as viagens a trabalho de longa distância”, de acordo com informações da companhia;
- Premium Economy: terá 40 assentos com cerca de 1 metro de distância entre cada fileira;
- Economy: a classe mais barata contará com 140 assentos com cerca de 84 centímetros de distância entre cada fileira.
Ainda não foi divulgada qual a estimativa dos preços das passagens.
“Haverá um pequeno aumento de preço neste voo direto. Mas os valores na classe econômica permanecerão próximos de nossas tarifas atuais”, disse a empresa na época do anúncio.
Projeto Amanhecer
Foto: Divulgação/ Qantas
De acordo com o presidente do Grupo Qantas, Alan Joyce, o projeto foi criado em razão do aumento da demanda depois das fronteiras da Austrália serem reabertas após os dois anos de pandemia de Covid.
A aeronave terá autonomia de 16.100 km e será alimentada por motores turbofan Rolls-Royce Trent XWB-97. Esse modelo é 25% mais eficiente em termos de combustível do que as aeronaves da geração anterior.
Além disso, o avião terá filtros de ar com alta eficiência para reduzir a emissão de CO2, informa Joyce.
“Todas essas aeronaves de próxima geração, por meio de suas emissões mais baixas, maior alcance, menos ruído e melhor economia, melhorarão a forma como as pessoas viajam pela Austrália e no exterior. A experiência será realmente excepcional”, disse em nota divulgada pela companhia.
Voo de teste
Foto: Divulgação/ Qantas
No ano de 2018, a Qantas começou a operar um voo direto entre Perth, no sudoeste da Austrália, e Londres. O trajeto é um dos mais lucrativos da companhia australiana.
Já em 2019, a empresa organizou os primeiros testes para “os voos mais longos do mundo”, incluindo Londres-Sydney, de 17.750 quilômetros, que durou 19 horas e 19 minutos. Ainda nesse mesmo ano, foi realizado o trajeto entre Nova York e Sydney, de 16.200 km, que durou pouco mais de 19 horas.
Atualmente, a Singapore Airlines tem o voo comercial mais longo do mundo sem escalas, entre Singapura e Nova York, que dura pouco menos de 19 horas.
Fonte: G1
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