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Por que os aviões não voam em linha reta?

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A maioria das pessoas aprendem ainda na infância que a distância mais curta entre dois pontos é uma linha reta. Pensando nisso, muitos se questionam por qual motivo os pilotos de aviões não seguem a rota mais curta em seus planos de voo? Ou melhor explicando: por que os aviões não voam em linha reta, de um ponto “A” para um ponto “B”?

Primeiramente, é preciso destacar que a resposta para essa pergunta pode desagradar as pessoas que possuem certeza que a Terra é plana. Isso porque o primeiro ponto para explicar a razão dos aviões não voarem em linha reta é o fato do nosso planeta ser redondo.

Geometria explica a escolha dos pilotos de aviões

Foto: Melhores Destinos

Ignorando o debate envolvendo a teoria do Terraplanismo, o segundo ponto a ser considerado é em relação ao fato dos aviões não seguirem a rota mais curta com base no chamado caminho geodésico.

Para quem não se lembra, o caminho mais curto entre dois vértices é chamado de geodésico, e essa rota em curva, comum tanto na aviação como na navegação, conhecida como geodésica, é o principal fator para explicar a rota dos aviões.

Foto: Melhores Destinos

O site Melhores Destino ilustrou essa explicação com o uso de dois mapas, um em duas dimensões e outro no globo terrestre. Ambos estão projetando uma rota simulando um voo entre Nova York, nos Estados Unidos, e Madri, na Espanha.

Considerando a visão do mapa em duas dimensões, parece claro que bastaria voar em linha reta para sair de um ponto e chegar ao outro. No entanto, ao cumprir essa rota, o avião realiza a curva ilustrada na figura acima. 

O motivo para isso é o que já citamos acima, o mundo não possui apenas duas dimensões. Olhando para o Globo (abaixo), é possível notar que o avião utiliza a famosa rota geodésica. Ela é a rota mais curta possível dentro de uma curvatura, mas não o caminho mais reto.

Foto: Melhores Destinos

Segurança também explica a escolha

Foto: Bianch

Mesmo que o fato de a Terra não ser plana responder quase por completo à questão sobre o porquê de os aviões não fazerem o trajeto mais curto, existe outro ponto importante que precisa ser considerado.

A segunda questão é a segurança, principalmente em voos mais longos. Ao estabelecerem qual será a rota do voo, as empresas costumam procurar por caminhos com o maior número de aeroportos entre a origem e o destino. Essa ação é realizada com o objetivo de ter locais seguros para pouso em casos de emergência.

Esse procedimento é chamado de certificado ETOPS (Extended Twin Engine Operations), que em português também pode ser nomeado como Operação de Longo Alcance. Essa operação define que, para um voo com certificado de 120 minutos, a distância máxima do ponto de saída para um próximo aeroporto não pode ultrapassar esse tempo.

Também precisam ser considerados outros fatores, que podem ir desde possíveis restrições nos espaços aéreos que liguem “em uma reta” o ponto de saída ao de destino, condições de temperatura e pressão e, até mesmo, um critério conhecido como jato.

O jato citado não é o tipo de avião, mas sim as correntes de ar que se formam perto do topo da troposfera, camada mais baixa da atmosfera da Terra. Como essas correntes de ar podem chegar a até 400 km/h, quanto mais forem evitadas pelos aviões em suas rotas, mais seguros os voos são considerados.

Com isso, pode-se afirmar que as duas principais razões para os pilotos não escolherem o caminho em linha reta, e mais curto, são por questões de segurança e porque a Terra possui um formato “arredondado” e não plano.

Fonte: Canaltech

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