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Entenda o caso de uma mulher que utilizou cannabis para eliminar uma coceira crônica

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Imagine viver com uma coceira que nunca cessa. Independentemente do tratamento, a tal coceira permanece ali, como se fosse um espectro. A situação, obviamente, não é nada agradável, afinal, ninguém gostaria de ter que lidar com algo assim. Mesmo não sendo um problema de saúde pontual, algumas pessoas ao redor do mundo sofrem de coceira crônica. Felizmente, o cenário, ao que parece, pode mudar. Prova disso é a história de uma mulher que após, incansavelmente usufruir de todos os tipos de tratamento, conseguiu se livrar da coceira após começar a consumir cannabis.

Coceira crônica

A mulher, que colocamos em pauta aqui, lidou com sintomas crônicos de coceira – clinicamente conhecidos como prurido crônico – por uma década. Caso, por ser excepcional, acabou sendo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) Dermatology.

De acordo com a publicação, esse prurido crônico se refere especificamente à coceira que persiste por mais de seis semanas e, segundo um relatório de 2013, emitido pelo New England Journal of Medicine (NEJM), a condição pode pode ser associada a uma variedade de doenças, incluindo eczema, hipertireoidismo e certas doenças nervosas. No caso da nossa personagem, o prurido era ocasionado por uma doença chamada de colangite esclerosante primária. A enfermidade em questão afetava os dutos biliares do fígado.

Para os especialistas, existem várias teorias sobre como esta doença em específico produz a indesejável coceira, mas dentre todas as suposições, acredita-se que o prurido ocorre porque a condição interrompe a produção normal de bile, que, ao acarretar um acúmulo de substâncias químicas, ocasionam uma irritação na pele.

Portanto, por causa do mau funcionamento do fígado, a mulher que colocamos em pauta no início acabou desenvolvendo líquen amiloidótico, que, basicamente, resume-se ao surgimento de protuberâncias escuras na pele e, ao se fundirem, provocam a coceira.

A enfermidade se manteve estável com medicamentos, mas a coceira não melhorou. Os médicos haviam prescrito anteriormente uma longa lista de tratamentos para combater a coceira crônica, no entanto, nada acarretava uma melhora.

Cannabis

Como nenhum dos medicamentos funcionou, os médicos recorreram à cannabis medicinal. Em suma, os especialistas recomendaram que a mulher usasse cannabis duas noites por semana. Após inserir em sua rotina o uso de cannabis, a coceira diminuiu drasticamente.

Os médicos acompanharam o caso por exatamente um ano. Durante todo esse tempo usufruindo do poder medicinal da erva, a coceira cessou. “Além da sedação leve, ela não relatou efeitos adversos”, relataram os médicos. “Além disso, ela relatou uma melhora na qualidade de vida, principalmente porque, com o uso da erva, ela deixou de tomar outros medicamentos que já haviam sido prescritos”.

O mecanismo exato pelo qual a cannabis reduziu a coceira da mulher é desconhecido, mas os médicos apresentaram várias teorias. Dentre todas, os especialistas acreditam que o THC, princípio ativo da cannabis, é o principal responsável, pois, sua presença no organismo ativa os receptores CB1, na medula espinhal e no cérebro, e de nervos em outras partes do corpo associadas a dor e a células nervosas, diminuindo, assim, os sintomas do prurido.

Embora essa paciente em particular tenha se beneficiado do uso de cannabis com efeitos colaterais mínimos, os riscos e benefícios do tratamento ainda precisam ser avaliados em maior escala, “especialmente em suas várias vias de administração”, pontuaram os médicos.

Portanto, embora os resultados no caso acima sejam “promissores, são necessários novos ensaios clínicos randomizados para confirmar a eficácia da cannabis”, revelaram os especialistas.

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