Esse é o país mais rico do mundo

A maioria dos países no topo de uma lista dos países mais ricos do mundo não está entre os maiores ou mais poderosos. Na verdade, alguns estão entre os menores, como o caso de Luxemburgo, que lidera o ranking publicado pela Global Finance. O Brasil está no 92º lugar da lista.

Vale destacar que os indicadores de riqueza de uma nação podem variar de um ranking para outro, por isso a diferença entre eles. No entanto, eles costumam incluir o Produto Interno Bruto, bens e serviços produzidos por um país durante um ano, o PIB per capita, a quantidade média de dinheiro que cada pessoa do país ganha em um ano, ou a renda nacional bruta (RNB). 

A importância de examinar o PIB per capita de cada país ao redor do globo é porque ele permite classificá-los com base na riqueza e depois compará-los entre si.

Existem indicadores justos?

Foto: Jwh/ Wikimedia

World Population Review explica que o PIB per capita não corresponde necessariamente ao salário médio que uma pessoa que vive em determinado país ganha. “Por exemplo, o PIB per capita dos Estados Unidos em 2019 foi de US$ 65.279,50, mas seu salário médio anual foi de US$ 51.916,27 e o salário mediano foi de US$ 34.248,45.”

A organização afirma que em sua análise dos países mais ricos do mundo pelo PIB, “mesmo os países mais ricos têm alguns cidadãos vivendo na pobreza, e mesmo os mais pobres abrigam vários residentes extremamente ricos – mas é um indicador justo de saúde financeira geral de um país”.

De acordo com o Global Finance, quando um ranking é baseado principalmente no PIB, as nações mais ricas estão entre as maiores economias do mundo. Um exemplo dos dez países mais ricos do mundo com base nos dados do Fundo Monetário Internacional são: 

1. Estados Unidos (US$ 18,6 trilhões) 
2. China (US$ 11,2 trilhões)
3. Japão (US$ 4,9 trilhões)
4. Alemanha (US$ 3,4 trilhões)
5. Reino Unido (US$ 2,6 trilhões)
6. França (US$ 2,5 trilhões)
7. Índia (US$ 2,2 trilhões)
8. Itália (US$ 1,8 trilhão)
9. Brasil (US$ 1,8 trilhão)
10. Canadá (US$ 1,5 trilhão).

Paraísos fiscais e outras peculiaridades

Foto: Quebeet/ Getty Images

A análise do World Population aponta que países pequenos como Luxemburgo podem se equiparar a potências, como as citadas acima, porque “os valores do PIB às vezes podem ser distorcidos por práticas comerciais internacionais”.

“Por exemplo, alguns países (como Irlanda e Suíça) são considerados ‘paraísos fiscais’ graças às regras do governo que favorecem as empresas estrangeiras.”

“Para esses países, uma quantidade significativa do que é registrado como PIB pode, na verdade, ser dinheiro que as empresas internacionais estão canalizando para esse país, em oposição à renda que realmente fica lá.”

De acordo com a Forbes, podemos citar como exemplo que os Estados Unidos são considerados um paraíso fiscal por muitos grupos de vigilância financeira. 

Luxemburgo, que também é apontado como paraíso fiscal, tem uma alta proporção de trabalhadores transfronteiriços – quase 212 mil no segundo trimestre de 2021.

“Embora contribuam para a riqueza do país, eles não são incluídos quando o PIB é dividido por habitantes, levando a um número artificialmente alto”, escreve a emissora local RTL.

Para tentar compensar os efeitos dos paraísos fiscais nos PIBs nacionais, alguns economistas acompanham a Renda Nacional Bruta (RNB) de cada país. Além disso, eles utilizam índices de bem-estar destinados a complementar os indicadores tradicionais.

Finanças sofisticadas, impostos, recursos naturais

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Alguns dos fatores que contribuem com a riqueza de países pequenos, incluindo Luxemburgo, são os setores financeiros sofisticados e regimes tributários estruturados para atrair investimentos estrangeiros e profissionais.

Outros países presentes no top 10 da lista, como Catar, Brunei e Emirados Árabes Unidos, possuem grandes reservas de recursos naturais lucrativos. Já Macau, o paraíso dos jogos de azar, atrai turistas ricos.

O “efeito pandêmico”

Foto: Divulgação/ Casa Vogue

Para 2022, os índices precisaram ser ajustados devido aos efeitos da pandemia da covid-19 que fez com que muitos negócios diminuíssem as atividades, expandissem as possibilidades remotas ou até mesmo fechassem.

O Grão-Ducado do Luxemburgo resistiu à pandemia muito melhor do que seus vizinhos europeus. “Luxemburgo usa uma grande parte de sua riqueza para oferecer melhores moradias, saúde e educação ao seu povo, que de longe desfruta do mais alto padrão de vida da zona do euro”, aponta o Global Finance.

Luxemburgo é um pequeno país sem litoral localizado na Europa Ocidental que possui uma população de 642.371 habitantes. Seu PIB per capita de US$ 140.694, que o torna o país mais rico do mundo.

Além disso, Luxemburgo possui uma taxa de desemprego de pouco mais de 5% e a expectativa média de vida é de 82 anos. Já os serviços de saúde, educação e transporte público são gratuitos para todos os cidadãos.

Veja abaixo os 10 países mais ricos do mundo, de acordo com Global Finance, e a posição do Brasil na lista.

1. Luxemburgo: US$ 140.694
2. Cingapura: US$ 131.580
3. Irlanda: US$ 124.596
4. Catar: US$ 112.789
5. Macau: US$ 85.611
6. Suíça: US$ 84.658
7. Emirados Árabes Unidos: US$ 78.255
8. Noruega: US$ 77.808
9. Estados Unidos: US$ 76.027
10. Brunei: US$ 74.953

92. Brasil US$ 17.208

Fonte: Forbes