Curiosidades

Esse fóssil de três mil anos revelou a vítima mais antiga de um tubarão

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Os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Eles são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. São achados e estudados há muito tempo. E podem ser encontradas partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. E alguns fósseis parecem ter sido congelados no tempo de tão bem preservados.

Os ataques de tubarões são vistos até os dias de hoje. E esse fóssil nos mostrou que há três mil anos eles já existiam. Esses restos mortais encontrados são o mais antigo ataque de tubarão catalogado na história.

Fóssil

Segundo a análise feita nos ossos, o homem teve um encontro bem desagradável com o tubarão no mar interior de Seto, no arquipélago japonês. No esqueleto humano foram vistos quase 800 ferimentos, e nenhum deles tinha mostrado sinal de cura. O que  sugeriu fortemente que o encontro entre o homem e o tubarão foi fatal.

Os ossos foram recuperados do sítio arqueológico de Tsukumo Shell-mound perto do Mar Interior de Seto. Eles foram escavados, pela primeira vez, no começo do século XX. Mas a explicação para os ferimentos do homem ainda não tinha sido encontrada.

Depois disso, os ossos foram redescobertos pelos arqueólogos J. Alyssa White e Rick Schulting, da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Eles estavam investigando a violência no Japão pré-histórico.

“Inicialmente, ficamos confusos com o que poderia ter causado pelo menos 790 ferimentos profundos e serrilhados neste homem. Houve tantas feridas e mesmo assim ele foi enterrado no cemitério da comunidade, o cemitério de Tsukumo Shell-mound. Os machucados se limitaram principalmente aos braços, pernas e parte da frente do tórax e abdômen. Por meio de um processo de eliminação, excluímos o conflito humano e os predadores animais ou necrófagos mais comumente relatados”, disseram eles.

Ataque

O homem conhecido como Tsukumo nº 24 atiçava os pesquisadores com suas lesões nos ossos. Elas tinham arestas afiadas e curvas o que,  para os estudiosos, era uma coisa inconsistente com as ferramentas que eram usadas na época.

Os encontros com tubarões são vistos raramente nos registros arqueológicos. Mas os ferimentos do homem não parecem corresponder com nenhum outro tipo de animal. Então os arqueólogos pediram a ajuda do biólogo marinho George Burgess, do Programa para Pesquisa de Tubarões do Museu de História Natural da Flórida.

“Devido aos ferimentos, ele foi claramente vítima de um ataque de tubarão. O homem pode muito bem ter pescado com companheiros na época, já que se recuperou rapidamente. E, com base no caráter e distribuição das marcas de dente, a espécie mais provável responsável foi um tigre ou tubarão branco”, disse Burgess.

Análise

Depois disso, os arqueólogos fizeram avaliações para determinar quando o homem tinha vivido, seu sexo e descobrir quantos anos ele tinha no momento em que morreu. Os resultados mostraram que a vítima era jovem ou de meia-idade quando morreu, e que tinha vivido por volta de 1370 a 1010 a.C. E os restos mortais foram recuperados logo depois do ataque do tubarão e enterrados no cemitério por seu povo.

“O ataque a Tsukumo nº 24 destaca os riscos da pesca marinha e do mergulho com frutos do mar ou, talvez, os riscos da caça oportunista de tubarões sugados pelo sangue durante a pesca. Os humanos têm uma longa história compartilhada com os tubarões, e este é um dos casos relativamente raros em que os humanos estavam em seu menu e não o contrário”, concluíram os pesquisadores.

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