Notícias

Esse vendedor comia 1 kg de macarrão e 16 pedaços de pizza em uma refeição

0

O Sistema Único de Saúde (SUS) realizou em quatro estados brasileiros um mutirão de cirurgias bariátricas para marcar a importância do combate aos problemas da obesidade, que afetam a saúde. O vendedor Gabriel Honório, que aos 25 anos é hipertenso e pré-diabético, foi um dos operados. Ele notou que era o momento de mudar quando a filha nasceu.

“Eu tinha 140 kg. Eu levantava a menina e já faltava o ar. Então é aquela hora que você pisa no freio e fala: ‘Eu preciso rever algumas coisas'”, relatou.

Gabriel revelou que uma vez foi em um parque com os amigos e não entrou em um dos brinquedos. Ele também contou sobre uma ida marcante a um restaurante.

“Teve uma vez que a gente foi em um rodízio de pizza e nesse rodízio eles também serviam porções de macarronada. Eu comi duas porções de 500 gramas de macarrão e 16 pedaços de pizza”, relembrou o vendedor.

Outro operado no mutirão do SUS foi Zózimo Neto. O designer de games chegou a pesar 145 kg. Por causa disso, estava começando a ter problemas de saúde associados à obesidade, como dificuldade de dormir e de se locomover. Além disso, desabafou sobre a dificuldade para encontrar roupas.

“Você pega algumas roupas, vai para o provador e torce para alguma caber. E aí é aquela que você vai levar. Não importa como ela é”, contou.

Mutirão no SUS e o aumento da cirurgia bariátrica

Foto: Banco de imagens

A pandemia da covid-19 acabou gerando atraso na realização de procedimentos eletivos, como as cirurgias bariátricas. Desde 2020, o número de operações desse tipo feitas pelo SUS caiu 82%, no entanto, as cirurgias feitas por planos de saúde quase não tiveram queda. De acordo com o Ministério da Saúde, o novo coronavírus afetou vários serviços públicos.

Por causa disso, no começo de março de 2022, estados brasileiros realizaram um mutirão para marcar a importância do combate aos problemas da obesidade, que afetam a saúde.

Outra estatística importante a ressaltar é o aumento da procura de cirurgia bariátrica entre adolescentes.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, 2.100 adolescentes passaram pelo procedimento, na rede privada, em 2019. Isso representa um aumento de 218% em comparação a 2008, quando a bariátrica em menores de 18 anos começou a ser registrada no país. 

No SUS, o número é menor. Conforme o Ministério da Saúde, apenas 502 jovens entre 16 e 18 anos realizaram a cirurgia nesse mesmo período.

Obesidade aumenta entre crianças e adolescentes durante a pandemia

Foto: Unicef

Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, publicada na revista Jama, mostra que durante a pandemia da covid-19, aumentaram os números de crianças e adolescentes obesos.

As crianças e adolescentes que mais apresentaram mudança no índice de massa corporal (IMC) – a média que considera os quilos na balança em relação à altura – são as que têm entre onze e cinco anos. Nesse público, o aumento do sobrepeso ou obesidade foi de 36,2% para 45,7%.

O estudo analisa dois intervalos de tempo para entender se a variação ocorrida estaria dentro do esperado. Por isso, foi avaliada a mudança de IMC dos participantes entre março de 2019 e janeiro de 2020 em comparação com março de 2020 e janeiro de 2021, depois do início da pandemia.

A conclusão foi que os jovens ganharam mais peso durante a pandemia. Para as crianças entre 12 e 15 anos, os percentuais de obesidade ou sobrepeso passaram de 38,7% para 43,4%. Para os que tinham de 16 a 17 anos o aumento foi de 36,5% para 38,2%.

O estudo considerou dados gerais de 191 mil crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, nos Estados Unidos, sem doenças graves. Os pesquisadores estão ligados à Universidade de Michigan e à entidade relacionada à cobertura de planos de saúde Kaiser Permanente, na Califórnia, responsável por colher os dados.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Fábio Viegas, relata que a obesidade e o sobrepeso precisam de maior atenção durante a infância e adolescência devido ao efeito conhecido como memória celular que pode facilitar quadros de ganho de peso no futuro. 

“Uma criança obesa tem maior chance de ter obesidade na vida adulta. Além disso, ela desenvolve mais precocemente as doenças relacionadas a esse quadro de saúde”, afirma o médico.

Fonte: G1, O Globo, Fantástico

Unhas: para o que servem?

Artigo anterior

Atores que mudaram o corpo para um filme

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido