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A perda de uma criança é algo que não se espera que nenhuma família precise passar. O fluxo natural da vida supõe que os pais vão acabar se despedindo da vida antes de seus filhos, mas nem sempre ele é respeitado. Foi exatamente isso que atingiu a família de Steve Eimers, quando sua filha de apenas 17 anos morreu num trágico acidente de carro.
Numa noite de novembro de 2016, Hannah Eimers – uma animada fã de fantasias e cosplays – estava numa festa à fantasia organizada em razão das comemorações de Dia das Bruxas e decidiu dormir na casa de uma amiga. Na manhã seguinte, um dia comum de aula, elas pegaram a rodovia interestadual para chegar na escola.
O pai da garota diz que nunca entendeu bem o que aconteceu, mas as autoridades disseram que a garota perdeu o controle da direção e, ao tentar corrigir, acabou provocando uma colisão lateral do carro com a proteção da pista. Hannah morreu na mesma hora.
Por cerca de um mês, Steve viveu uma vida completamente abalada, se lembrando da filha a todos os momentos, principalmente quando passava pela rodovia. Com o tempo, a sua preocupação com as circunstâncias do acidente acabaram o preocupando demais.
Sendo um técnico especializado em emergências médicas e precisando lidar com uma série de acidentes de trânsito frequentemente, Steve sabe que alguns impactos repentinos numa rodovia podem matar, mas também sabe que os guardrails não devem ser responsável por isso. Mas não foi o que aconteceu com Hannah.
“Deveria ter sido um acidente, em seu pior, com pequenos ferimentos e danos materiais – provavelmente poucos ou até nenhum ferimento”, explicou Steven.
A partir daí, o pai da garota começou a pesquisar outros acidentes semelhantes e ficou convencido que a morte de sua filha fora causada por uma filha no sistema de guardrail. Com essa convicção, ele acusou o Departamento de Transportes do Tennessee por ter envolvimento na morte de sua filha.
Depois que seu carro bateu na proteção, ao invés de amortecer a colisão, ele acabou perfurando o carro e matando a garota na mesma hora.
O departamento responsável mostrou preocupação com as instalações e decidiu remover os produtos das listas de estruturas confiáveis. Segundo Mark Nagi, um porta-voz do departamento, explicou que isso queria dizer que novos equipamentos iguais ao que estava no acidente de Hannah não seriam mais instalados, porém os existentes continuariam no mesmo lugar.
Foi só alguns meses depois que se comprometeram a remover todas as estruturas que representavam ameaça de lugares em que o limite de velocidade era maior do que 70 km/h.
Por causa disso, Steve Eimers sabia que alguma coisa estava errada quando ele recebeu um envelope com o nome de sua filha. Para deixar a situação ainda mais estranha, era uma carta do Departamento de Transportes do Tennessee sobre o acidente que a matou.
Como ela foi considerada culpada pelo acidente, a carta dizia que ela também deveria ser responsável financeiramente pela recuperação da estrutura danificada. O envelope continha uma conta de $2,6 mil para a instalação de um novo guardrail no local e $231 para inspeções de segurança na rodovia, onde o acidente aconteceu. No total, a garota morta por uma falha de construção da estrutura de proteção, devia pagar quase $3 mil.
“É obsceno”, declarou Steve. “Eles te matam e depois cobram de você. Essa conta foi completamente insensível… É quase cômico. É como cenas absurdas de comédias que as pessoas criam por aí.”
De acordo com o porta-voz do departamento, a carta foi enviada por conta de um “erro de processamento” e uma nova carta já foi enviada para a família para pedir desculpas, explicar o erro e cancelar a cobrança.
“O Departamento de Transportes Tennessee pede desculpas pelo erro. Não existem desculpas para essa carta/conta que foi enviada e nós vamos tomar medidas para que isso nunca aconteça de novo”, explicou.
É impressionante como mesmo depois de um erro irresponsável de administração, o departamento ainda reviveu a tragédia fatal para uma família de uma forma terrível. Dá pra acreditar?
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