Estudo diz que novo ”super-oceano” está se formando na Terra, entenda

Nosso planeta é composto por três camadas, e a camada externa, que é a que nós andamos e que funciona como se fosse um grande quebra-cabeça formado pela junção de placas tectônicas. Mas essas placas não são estáticas, elas se mexem e se chocam umas nas outras. Segundo vários estudos, eles comprovam que as placas se movem constantemente com uma velocidade de alguns centímetros por ano.

Esse movimento pode ser imperceptível a curto prazo, mas em bilhões de anos, essa velocidade faz uma diferença. Depois de tanto se movimentarem, as placas tectônicas se encontram, se juntam em um território e depois de bilhões de anos, elas se afastam e voltam a se unir de novo.

O registro de um último supercontinente foi a Pangeia, formada há 320 milhões de anos. Depois de algum tempo, as placas se separaram e formaram as Américas, Europa, África, Oceania e Ásia. E segundo os pesquisadores da Universidade de Curtin, na Austrália, os continentes como os conhecemos podem estar com os dias contados. No estudo publicado no jornal Precambrian Research, os cientistas disseram que no futuro pode ser que os continentes se unam de novo em um só bloco e apenas o oceano Pacífico existirá.

Fenômenos

O que explica esse cenário são os fenômenos de introversão e extroversão gerados pelo movimento das placas tectônicas. O primeiro é quando as águas que separam os continentes são sugadas para dentro do planeta e os continentes então se juntam e foram o super oceano. Já o segundo caso é o contrário, sendo o super oceano engolido pela Terra e levando à separação dos continentes.
Imagina-se que os movimentos se alternem de tempos em tempos. E como o último registro é de uma separação dos continentes, o que se espera é que eles se juntem e formem um super oceano que será uma nova versão do Pacífico.

E segundo um dos autores do estudo, Zheng-Xiang Li, o novo supercontinente será parecido com a antiga Pangeia. “Se o Anel de Fogo sobreviver junto com o super oceano, então a estrutura do manto da Terra manterá um padrão semelhante ao supercontinente anterior. De contrário, o manto se reorganizará completamente”, explica o cientista em comunicado.