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Estudo mostra que nem sempre é bom se preocupar com o próximo

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As pessoas são seres sociáveis e, por isso, precisam estar constantemente em contato umas com as outras. E você provavelmente sabe, ou pode imaginar, as consequências que viver de forma isolada pode causar. Mesmo que o seu número de amizades seja restrito, eles exercem grande influência sobre você e, provavelmente, pelo menos um deles tem grande importância para você. E, consequentemente, o bem estar desta pessoa acaba se tornando extremamente importante. Fazendo com que, muitas vezes, você acabe pensando nela antes mesmo de se preocupar com si mesmo.

Além disso, as situações desumanas apresentadas constantemente nas redes sociais têm feito com que as pessoas se mobilizem cada vez mais, na tentativa de mudar as coisas. E, mesmo que não estejam relacionados diretamente com a situação, elas acabam se colocando no lugar da pessoa e tem se tornado cada vez mais altruístas e a empáticas. Fazendo com que assuntos como estes sejam abordados a todo instante na internet. Mas, mesmo que muitos considerem está uma característica positiva, as coisas podem não ser bem assim.

O problema de se preocupar com o próximo

A empatia é extremamente importante para a sociedade como um todo mas, se tratando dos seres de forma individual, ela pode estar prejudicando as pessoas que dispõem deste sentimento. Se você é do tipo pró-social, provavelmente já percebeu como você acaba sendo afetado emocionalmente ao “pegar a dor do outro”, o que resulta em estresse ou mesmo tristeza. Acontece que, além do estado evidente apresentado, as consequências desta reação também podem se apresentar em seu cérebro.

O estudo

O pesquisador japonês Masahiko Haruno é membro do Instituto de Ciências do Cérebro da Universidade de Tamagawa e acabou desenvolvendo um estudo em 2010. Ele tinha como base registrar as alterações cerebrais das pessoas pró-sociais, no momento em que estas se deparavam com uma situação conturbada de outra pessoa. Ele acreditava que uma parte primitiva do cérebro, encontrada no sistema límbico, chamada amígdala cerebelosa era responsável por regulamento comportamental do indivíduo e influenciava na posição pró-social deste.

Para analisar se a sua teoria estava correta, Masahiko desenvolveu uma simulação em que os voluntários se deparavam com pessoas recebendo mais dinheiro do que elas. O que resultou em uma reação estressante e uma maior ativação na amígdala. E, ao analisar os demais, eles perceberam que a amígdala daqueles considerados individualistas permaneceu intacta, enquanto a dos pró-sociais ficou tão ativa quanto a dos que sofreram a injustiça, gerando um sentimento de culpa.

Nova abordagem

Recentemente, o grupo desenvolvido por Masahiko Haruno resolveu fazer novos experimentos a respeito do assunto, em busca de provar os malefícios dessa preocupação excessiva com os demais. Eles utilizaram equipamentos mais modernos do que os anteriores, capazes de produzir imagens por ressonância magnética funcional. E, mais uma vez, buscaram diferenciar a reação dos individualistas e dos pró-sociais.

E, desta vez, além da alteração apresentada anteriormente na amígdala, eles perceberam uma diferenciação no hipocampo – área responsável pelas respostas automáticas e o estresse. O que abriu um novo questionamento acerca do assunto. Afinal, esse estresse e culpa poderiam estar ligados a depressão? E, para responder essa pergunta, eles submeteram aqueles considerados mais pró-sociais a um teste chamado ‘Escala de Depressão de Beck‘. O resultado mostrou que as pessoas com essa maior ativação cerebral, pró-sociais, são mais propícias a se tornarem depressivas.

Resultado

Ambos os estudos foram capazes de provar como a empatia acaba ativando os sistemas mais primitivos do cérebro humano. Gerando, consequentemente, um sentimento de culpa e estresse. E que este sentimento também está relacionado ao diagnóstico de depressão clínica. E, por isso, é bom manter um controle melhor sobre a sua reação a situações adversas que não te envolvem diretamente.

Eles também informaram que o córtex pré-frontal é responsável por controlar esse tipo de sentimento e que treinar a região pode ser benéfico. Mas, caso tentar fazer isso sozinho não pareça estar surtindo efeitos, o aconselhável seria que você procurasse por ajuda profissional. Afinal, prejudicar a si mesmo não parece uma boa opção. É preciso entender em que estágio você está e o quanto isso tem prejudicado a sua própria saúde mental. Já perceberam os efeitos negativos causados pela empatia em você? O que acharam do estudo, concordam com ele? Comente aí qual você acredita ser a solução para o problema.

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