Entretenimento

Estudo tem más notícias sobre beber moderadamente

0

Beber depois de um dia cansativo de trabalho, ou com os amigos no final de semana, é uma coisa que muitas pessoas fazem. Mas sempre tem aquelas vezes que todos passam do ponto. É claro que não é aconselhável e nem seguro, porém, às vezes acontece.

Nesse sentido, sabe-se que beber demais é ruim, mas e beber somente alguns copos por semana? Até porque, alguns estudos dizem que o vinho tem antioxidantes, então alguns copos por semana aparentemente fazem bem. Além disso, outros estudos sugerem que as pessoas que bebem pouco ou moderadamente são menos propensas a ter um ataque cardíaco, do que as pessoas que evitam beber de forma geral.

Estudo

Hypescience

Contudo, um novo estudo, baseado em um conjunto de dados enorme do Reino Unido, sugere que a curva de bebida no formato de J ou U se baseia em uma ciência ruim. Beber menos do que o número que se recomenda de bebida por semana nos dias atuais no Reino Unido está relacionado com um risco maior de problemas cardiovasculares.

“A chamada curva em forma de J da relação doença cardiovascular-consumo de álcool, sugerindo benefícios para a saúde do consumo baixo a moderado de álcool, é o maior mito desde que nos disseram que fumar era bom para nós”, disse o fisiologista cardiovascular Rudolph Schutte, da Universidade Anglia Ruskin.

“O problema é que muitos não bebedores não estão bebendo por causa de problemas de saúde atuais e, portanto, quando têm ataques cardíacos ou outros problemas coronários, isso não está relacionado a eles não beberem. E não sugere que beber uma quantidade baixa ou moderada de álcool seja protetor”, pontuam os pesquisadores.

O estudo analisou dados do Biobank, do Reino Unido. Ao todo foram analisados 333.259 consumidores de álcool e 21.710 pessoas que nunca haviam bebido álcool. Para isso, os pesquisadores analisaram sete anos de dados e observaram sempre que um dos participantes teve um evento cardiovascular, doença cardíaca ou doença cerebrovascular.

Beber

Dona Helena

Ademais, eles excluíram os ex-bebedores para tentar limitar os dados das pessoas que podiam ter parado de beber por conta do estado de saúde atual que elas estavam. Mesmo assim, os que nunca bebiam eram ainda mais velhos, tinham um IMC mais alto, pressão arterial mais alta e eram menos ativos fisicamente do que a corte que bebia.

“Usar nunca bebedores como referência impulsionou consistentemente a relação protetora inversa com todas as medidas de resultado e anulou associações mais sutis com diferentes tipos de bebida. Usar essa estratégia analítica primordial permite que os autores relatem a proteção cardiovascular geral do álcool. Em nossa amostragem, os que nunca beberam eram mais velhos, menos ativos fisicamente, tinham um índice de massa corporal mais alto e menos abastados do ponto de vista socioeconômico”, escreveram os pesquisadores.

Portanto, para tirar esses fatores de confusão, os pesquisadores compararam as pessoas que bebiam de forma mais leve com os que bebiam mais. Como resultado, eles descobriram que o vinho era minimamente protetor contra doenças cardíacas isquêmicas, mas não estava relacionado a outros problemas cardiovasculares.

Consequências

Hilneth Correia

No caso de outras bebidas alcoólicas, como cerveja e destilados, até mesmo para aqueles que bebiam menos de 14 unidades por semana, que é o número atual recomendado semanalmente no Reino Unido, o resultado parecia pior.

“Entre os bebedores de cerveja, cidra e destilados em particular, mesmo aqueles que consomem menos de 14 unidades por semana têm um risco maior de acabar no hospital por um evento cardiovascular envolvendo o coração ou os vasos sanguíneos. Enquanto ouvimos muito sobre bebedores de vinho com menor risco de doença arterial coronariana, nossos dados mostram que o risco de outros eventos cardiovasculares não é reduzido”, ressaltou Schutte.

“Os preconceitos embutidos nas evidências epidemiológicas mascaram ou subestimam os riscos associados ao consumo de álcool. Quando esses preconceitos são levados em conta, os efeitos adversos do consumo de álcool de baixo nível são revelados. Evitar esses vieses em pesquisas futuras mitigaria a confusão atual e, esperançosamente, levaria a um fortalecimento das diretrizes, reduzindo as atuais orientações sobre álcool”, concluiu ele.

Fonte: Science Alert

Imagens: Hypescience, Dona Helena, Hilneth Correia

Netflix: principais lançamentos de fevereiro

Artigo anterior

Qual a relação da água com a função cognitiva?

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido