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Existe uma diferença estranha entre o nosso cérebro e o de outros mamíferos

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Em suma, o reino animal é cheio de peculiaridades. E muitas vezes nós esquecemos que também fazemos parte dele. Quando o assunto é o mundo dos mamíferos, ao qual o ser humano faz parte, nós nos destacamos um pouco.

Isso porque, por mais que vários animais compartilhem alguns aspectos da nossa inteligência, eles não conseguem elevá-la ao nosso nível. No entanto, conseguir determinar o motivo de os humanos estarem em um nível neurológico mais avançado não é uma coisa simples.

Tanto que, até agora, os estudos não conseguiram encontrar diferenças significativas entre os cérebros de mamíferos. Mas agora, finalmente foi vista uma vantagem. Em suma, a equipe de pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) descobriu que, quando comparado com outros mamíferos, o cérebro humano têm um número bem menor de canais neuronais. Isso faz com que seja possível um fluxo de íons, como o cálcio, potássio e sódio.

Estudo

Esse fluxo produz impulsos elétricos que são aos neurônios a capacidade de se comunicarem entre si. E ter menos dele pode significar que o cérebro humano consegue operar com mais eficiência e desviar recursos para as funções cognitivas mais complexas.

“Estudos comparativos anteriores estabeleceram que o cérebro humano é construído como outros cérebros de mamíferos, então ficamos surpresos ao encontrar fortes evidências de que os neurônios humanos são especiais”, disse o neurocientista Lou Beaulieu-Laroche, do MIT.

Para que essa descoberta fosse feita, suas sementes foram plantadas em 2018 quando Beaulieu-Laroche e seu colega Mark Harnet, do MIT, fizeram um estudo onde eles compararam cérebros de ratos com cérebros humanos.

Nessa comparação os pesquisadores descobriram que os dendritos, as estruturas ramificadas nas pontas das células nervosas por meio das quais os impulsos elétricos do cérebro são recebidos por meio de canais iônicos, humanos tinham uma densidade bem mais baixa desses canais iônicos. Isso quando comparados aos dendritos de ratos.

Descoberta

Essa descoberta fez com que eles quisessem investigar isso mais a fundo. Então, o novo estudo foi expandido para incluir 10 espécies. Foram elas: musaranho, camundongo, gerbil, rato, furão, porquinho da índia, coelho, sagui, macaco e, claro, humano. Os pesquisadores fizeram o estudo com amostras retiradas de pacientes com epilepsia durante a cirurgia cerebral.

Através da análise da estrutura física desses cérebros, se revelou que a densidade do canal iônico aumenta com o tamanho do neurônio. Mas com uma exceção, o cérebro humano.

Os pesquisadores concluíram que isso era para manter a densidade do canal iônico em uma variedade de tamanhos de cérebro. Então, mesmo que o musaranho tivesse um número maior de neurônios do que o coelho ou o macaco, a densidade dos canais iônicos naquele volume era consistente.

“Este plano de construção é consistente em nove espécies diferentes de mamíferos. O que parece que o córtex está tentando fazer é manter o mesmo número de canais iônicos por unidade de volume em todas as espécies. Isso significa que, para um determinado volume de córtex, o custo energético é o mesmo, pelo menos para os canais iônicos”, explicou Harnett.

Cérebro

E todos os animais que se comparou eram significativamente menores do que os humanos. “Se o cérebro pode economizar energia reduzindo a densidade dos canais iônicos, ele pode gastar essa energia em outros processos neuronais ou de circuito”, explicou.

“Achamos que os humanos evoluíram a partir desse plano de construção que anteriormente restringia o tamanho do córtex. E eles descobriram uma maneira de se tornar mais eficientes energeticamente, de modo que você gasta menos ATP (moléculas de energia) por volume em comparação com outras espécies”, concluiu Harnett.

Fonte: https://www.sciencealert.com/we-ve-just-found-a-fascinating-difference-between-human-brains-and-those-of-other-mammals

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